Título: Até a última gota
Título original: Straw ( expressão em inglês referente Última gota, ou chegando ao limite.)
Roteiro e diretor: Tyler Perry
País: EUA
Lançado em 2023
Genero: Drama
Resumo
O filme conta a história de Janyah, que tem a filha doente, se vê sendo despejada, perdendo o emprego e o carro após ser agredida por um policial no trânsito. A guarda da filha é aparentemente tomada.
Ao pedir o cheque do acerto por ficar desempregada Janyah se vê vítima de um assalto junto do ex-patrão. Porque o bandido vê o nome dela no crachá e menciona o ex-patrão acha que Janyah está envolvida.
No desespero de ter a bolsa de sua filha, com os remédios e o projeto de ciências dela dentro sendo roubado pelo bandido, Janyah reage e acaba matando o bandido.
E pelo ex-patrão acusa-la como cúmplice ela chega ao seu limite e atira no homem também.
E leva seu cheque do acerto da demissão para ser descontado no banco na frente do serviço.
Só que por estar em choque por ter matado os dois homens leva arma junto e a mochila com o projeto de ciências da filha, que era um foguete, e é confundido pelas funcionárias do banco com uma bomba.
Janyah então se vê sendo confundida querendo roubar o banco. Sendo que ela, pelo desnorteamento de ter feito o que fez, queria apenas descontar o cheque.
A detetive Kay Raymond se apresenta como principal ajuda para acabar com assalto ao banco. Ela é primeira a suspeitar que era tudo um mau entendido passado por Janyah, e que ela só está a confusa e assustada.
E Janyah decide sair do banco apenas quando acharem o policial que a atacou no trânsito a ameaçando e que ela viu nas filmagens do lado de fora do banco como um dos responsáveis pela guarda do local.
Enquanto isso ela, filmada ao vivo por uma das funcionárias do banco, desabafa sobre seus problemas e o que vem passando criando uma filha sozinha, sem ter muito dinheiro, e sem ter a ajuda de ninguém.
Com essa filmagem sendo transmitida ao vivo, muitos ficam do lado de Janyah, inclusive a maioria das funcionárias do banco.
A detetive Raymond também fica do lado dela e se mostra ser solidária a ela por também ter passado por despejo com a mãe solteira.
E se dedica achar o policial que a agrediu no trânsito em meio a multidão de policiais do lado de fora, para protege-la quando ela saísse.
Mas tudo se complica quando o FBI se junta a força policial para acabar com falso roubo a banco.
Eles tratam Janyah com agrecividade e sem compreensão. A gerente do banco, Nicole, mostra que vai ficar do lado dela e até ficando com a filha dela, enquanto ela estava na cadeia.
Quando o FBI descobre que a bomba que Janyah carrega na bolsa é falsa e estão prontos pra invadir o banco, Raymond acha o policial que agrediu Janyah. Ela está pronta pra deixar o banco quando uma ligação da mãe dela conta que a filhinha de Janyah já tinha morrido a algum tempo, e que Janyah estava tendo um surto algum tempo agindo como se a menininha ainda estivesse viva.
Janyah, com o companheirismo de Nicole e Raymond sai viva do banco presa.
Resenha
O que me chamou atenção para ver esse filme foi a imensa repercussão causada pela história e por ter um final surpreendente.
As expressões da atriz protagonista Taraji P. Henson nas cenas promocionais do filme são realmente de despertar a nossa curiosidade extrema.
Logo nos primeiros momentos nos emocionamos e até cria um asco de tanta coisa ruim que acontece a pobre Janyah.
Vi o clichê tão usado nos anos noventa por filmes de ação, comédia, que é a pessoa chegar ao limite do estresse e explodir jogando tudo para o ar com o protagonista masculino.
Mas curisosamente nunca no feminino.
Será que é porque temos aquele preconceito machista que um homem em seu limite é um homem com raiva e uma mulher em seu limite é uma louca?
Se bem que no fim das contas o filme não desmistificou esse preconceito. Fez foi confirma-lo.
Se bem que carga dramática nesse filme foi bem mais intensa e tonificada pelo roteiro da história e por Teraj.
Ela foi de uma atuação tão intensa, forte e com olhares tão profundos que nem a dublagem já cansativa de duplicatas atrizes terem a mesma voz soube estragar.
E o que falar das coadjuvantes dessa história?
Teyana Taylor e Sherry Sherperd, que interpretam Raymond e Nicole souberam se sobressair mesmo com o ótimo trabalho de Teraj.
Cada uma teve seu momento de brilhar.
Teyana teve a força e a luta mesmo estando com a beleza vaidosa ao extremo.
Sherry foi a que me arrancou lágrimas feito um bebê em duas cenas. Quando a sua personagem, Nicole falou a Janyah:
"Eu te enchergo! Eu te escuto!"
E quando ela saiu do banco junto com Janyah, seguindo os mesmos protocolos que a acusada, mesmo sem precisão, porque a polícia já tinha a reconhecido como vítima.
Janyah fala para Nicole:
"Você faz a diferença!"
Vocês entendem como uma personagem coadjuvante como ela é de vital importancia para mudar a forma que uma sociedade vê uma situação?
A situação de Janyah podia ser visto de outro ângulo, como vitimista, porque ela realmente não pagava o aluguel, não chegava no horário, e não conseguia cuidar da filha doente com o salário que tinha.
Mas pessoas souberam enchergar ela. E se mais pessoas vissem esse filme e soubessem enchergar mais pessoas como Janyah o mundo poderia ser um lugar melhor.
O final é chocante e surpreendente. Acho que eu enlouqueceria igual Janyah se perdesse meus filhos também.
Também não posso deixar de mencionar como foi bom ver um filme de tal escala de sucesso ter tantos atores negro interpretando tantos posições sociais diferentes. Mostra a realidade e inspira jovem negros a verem isso. Que eles podem estar aonde querem estar.
Concluindo, o filme é muito triste, difícil de ver. Mas muito importante de ser visto. Não é atoa que está como melhor da plataforma. E acho que é melhor do ano visto por mim até agora.
Estou até pensando em mudar minha forma de pontuar minha mídias.
Se tiver intens positivos acrescentando mais estrela. Pois esse elevou e muito os filmes já vistos.
Nota ⭐⭐⭐⭐⭐♥️


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