O mínimo para viver


 Título original: To The Bone (Até o osso)

Roteirizado e dirigido por Martin Noxon. 

Martin também trabalhou em Glee e enquanto estava trabalhando na série começou a desenvolver o projeto para o filme que semiautobiografico. 

Já que ela sofreu com anorexia e bulimia na juventude. 

O filme foi produzido em 2017. 

Resumo

Ellen é internada em clínica da ajuda para pessoas com distúrbio alimentares pela madrasta. Ignorada pelo pai e pela mãe a madrasta vê que a única alternativa da enteada sobreviver a anorexia era o tratamento fora do convencional do doutor Backham. 




Na casa, em que substitui uma clínica, Ellen conhece vários jovens com vários problemas alimentares. E mesmo fazendo amizade com eles e vendo seus problemas Ellen continua com os distúrbios que se agravam cada vez mais. 

Quando uma das suas colegas da clínica perde o bebê que estava esperando, ela entra em desespero, desiste do programa, e volta a morar com a mãe. 

Encarar o fato de que a mãe já  tinha aceitado a morte dela a faz despertar pra poder se tratar seriamente. Ela retorna a casa da madrasta que se importava de verdade com ela e volta para o tratamento. 

Resenha 

Fui indicado para ver esse filme por um perfil do Instagram. 

Falar de distúrbios alimentares também foi algo que me chamou atenção para começar a ver esse filme. 

Ter a atriz Lily Collins como protagonista foi mais um motivo. Não que eu seja fã dos trabalhos da atriz. Nada nunca me chamou atenção. Mas depois que fiquei sabendo que ela é filha do Phil Collins, acho que isso me fez dar uma chance para seus filmes e séries. 

Esperava ver um filme só de choros e lágrimas. Mas as cenas dela na clínica com os outros jovens foi muito legal. 

Foi um contraste com um problema tão grave, triste e apavorante que fez o filme ser mais real do que o que eu esperava. 





A vida é feita com tristeza, mas em meio a disfarces nos risos e brincadeiras. 

Trouxe um pouco de leveza as cenas jovens e fez com que o filme ficasse um pouco juvenil. 

Mas a transição da parte juvenil do filme para as cenas de verdadeiro Terror, para as meios psicodélicas da alucinações dela por estar em seu estágio pior da anorexia vem em meio a cenas fortíssimas que a atriz Lily nos presenteia com cenas de muita emoção. 

A cena da mãe amamentando ela com a mamadeira é algo que nos destrói. E mais por que o quê aquilo significa. 

A mãe egoísta estava mais preocupada em si tratar do que tratar a própria filha. O egoísmo dos pais fizeram do psicológico da filha daquela forma. 

Talvez esteja sendo duro, um pouco com nós pais. Mas culpo sim eles  desse distúrbio da personagem, usando de metáfora para vários outros casos psicológicos em que os filhos são vítimas. 

As vezes os pais, como no filme, preferem ver só a si mesmos, seus problemas, suas incapacidades e seus limites. Sendo que é dever deles, nossos, nos dobrarmos em mil para fazer nossos filhos sobreviverem nesse mundo monstruosos. 

A Ellen deixou a mãe alimenta-la com a mamadeira para a "mãe" se curar. E acho que o choque dela ver que  a mãe tinha aceitado a morte dela, foi o que fez a Ellen se reerguer. 

E o pior que a mãe aceitou que a filha iria se matar foi para que a mãe não se machucasse quando isso acontecesse. Egoísmo puro. 

E o pai que nem aparece no filme. No caso, desconfio, evitava porque não dava conta de ver a filha daquele jeito. 

É Froid. 

Deve realmente ser muito sofrido ver um filho nesse estágio. Mas nós pais temos essa missão. Lutar. Não o filho. 




A parte final de sua fase mais grave fica um pouco chata. O psicodélico toma conta e ficamos sem entender algumas coisas. 

Acho que até a atuação deixa um pouco de fazer parte das cenas querendo nos abalar mais com o choque de ver a Ellen em estágio avançado de magreza. 

Não que a atriz ficar com um corpo desses não tenha seu próprio mérito. 

É mais um filme chocante que nos força chorar na medida certa. E nos faz ver que temos que  ter hábitos alimentares saudáveis. Nem 8, nem 80.

 Nota: 3 ⭐


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