Leonardo Mendes te convida a ler Belas Adormecidas de Stephen King

 


Evie Black, mata um traficante de drogas, e seu amigo, libertado Tiffany Jones, moça que era aliciada por eles a vida de crime. 

Evie é levada a penitenciária feminina da cidade pela delegada Lila Norcross. Na penitenciaria o marido de Lila, Clin trabalha de psicólogo para as detentas e acredita que elas são mulheres vítimas de um mundo cruel e dominado por homens que a levaram a cometer os crimes. 
Um dos carcereiros, Dan Peters, abusa das detentas, mas finalmente comete um ato, contra Jennette Sorley, uma detentas, que gera provas incontestáveis, o que, Janice Coates, diretora da prisão, precisava para demitir Peters. 

Em meio a várias tramas assim a misteriosa Avie Black aparece a cidade, trazendo uma pandemia misteriosa no mundo todo. A mulheres do mundo todo que dormiam, não acordavam mais. Crescia um casulo, como das borboletas ou mariposas e quem a acordassem era vítima raivosa das tais mulheres. 

Após grande parte das mulheres do mundo não resistirem e dormirem somos levados ao outro lado. 

As mulheres que dormiam tinham o espirito acordando em um outro universo aonde a mesma cidade, só que abandonados a anos, pelos cidadãos. 

Então passamos a ter dois mundos. Um, em como os homens iam se virando sem boa parte das mulheres, e no outro as mulheres criando uma comunidade sem os homens, mais organizada, sem a raiva repressiva dos pais, filhos e homens.

No mundo dos homens, Frank Geary, do controle de animais da cidade motivado por suas últimas palavras para a filha querida, ser de ira, descobre que na prisão feminina, tinha uma mulher, Evie, que podia dormir e acordar quando queria e podia ser a resposta para acordar todas as mulheres. 
Ele então, conseguindo dominar o novo delegado, Terry, o transformando em alcoólico, controla a força policial da cidade e tenta invadir a penitenciária da cidade, que era comandada agora por Clin, já que a diretora foi dopada por Peters, para poder fugir. 

Clin, faz um acordo com Evie, que se ela poder sair viva da penitenciária e voltar para o universo dela, que seria o qual as mulheres viviam, eles teriam as mulheres de volta, se elas quiserem voltar. 

Frank Geary invade a penitenciária com todos os homens da cidade, prontos para matar Avie.

Mas Evie mostrando seu poder os assusta e Clin convence a todos a deixá-la ir. Assim as mulheres tem a chance de acordarem se quiserem. 

Evie vai até a comunidade que mulheres montaram e propõem por votos, decidirem se ficam na nova comunidade quase utopicas que criaram ou se voltam a conviver com os homens. 

As mulheres decidem por voltar ao mundo real. 

Todos ficam felizes tentando lidar com as consequências das várias mortes que a situação levou. 

Achei um livro que generalizou de forma quase ofensiva tanto o lado masculino quanto feminino da história. 

Tanto foi machista em vários pontos, teve a livre irá das mulheres contra os homens. 

Fiquei até com consciência pesada por ser homem. É como se as mulheres ficassem com a gente só por obrigação e as que dizem amar não passasse de uma síndrome do Estocolmo. 

Todo homem nesse livro é um castigo terrível para a mulher. É como nós fossemos algo que deve ser suportado e nada mais. 

Cenas terríveis de generalizar cada lado como Homens não teriam mais uma sobremesa decente para comer no novo universo sem mulheres e as mulheres não poderem ter água encanada por nenhuma ser encanadora sem dificuldade. 

Homem é assim e mulher é assado. Não existem homens organizados e metódicos, que pensam? Não existem mulheres grossas e que tomam atitudes de repente sem pensar nas consequências?

Não acho que uma sociedade só de homens ou só de mulheres iam ser dessa forma que os Kings imaginaram de forma nenhuma. 

Acho que iam ser uma sociedade igual, tanto de pessoas boas ou ruins, quanto de pessoas soberbas e boas dedicadas ao próximo. 

Mas o mais incrível é que os próprios personagens nos levam a ter os mesmos pensamentos de King sobre generalizar por realmente existir atitudes dessas na vida real. Mas atitudes caricatas  de gênero não são atitudes de todos. 

Mas tirando essa parte, ignorando e passando pano temos uma história incrível.
 Uma novela cheia de personagens com várias zonas exploradas do psicológico masculino e feminino, mesmo sendo alguns caricatas demais. 
Mas King sabe levar suas cenas bem vizualistas e cheia de cores e sentimentos que nós realmente veríamos se estivessemos sendo atacado em uma penitenciária feminina por lança bombas. 

São situações malucas que King trás para tão realidade que poderia ter acontecido na esquina da nossa casa. 

Isso nos faz nos alimentar do livro como se fosse mais um dia de nossas vidas e não um livro imenso, com letras miúdas e parágrafos intermináveis. 

Eu queria que o livro terminasse logo, porque ficou um livro muito cumprido. É uma história que nos sufoca querendo finalizar logo para cessar essa agonia, não para saber o final. Desconfiei do final desde que a Avie apareceu. Mas realmente pela agonia que o livro da. Uma agonia que não sei se é boa ou ruim. Uma agonia que nos incentiva loucamente a virar a próxima página e ler mais rápido e mais rápido. 

King é isso. Generalista, mas um ótimo livro. 

Nota 9.0 




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