Após o fim dos eventos incríveis do primeiro jogo, a saga continua em The Last of Us Parte II. Aqui, a protagonista Ellie está quatro anos mais velha, vivendo na cidade de Jackson, como mostrado no primeiro jogo. Deixando para trás sua velha dupla, Joel, a garota parte rumo a Seattle, na busca de emboscar o grupo que causou um mal recente a ela.
Nos acontecimentos dessa sequência, todos os tipos de emoção batem no peito do jogador. No início para o meio, era tudo muito incrível, o sentimento de vingança e de algo frenético dominava. Mas conforme o final da campanha chegava, a agonia tomou de conta. The Last of Us Parte II nos mostra que a angústia e o remorso doem mais que a faca mais afiada, que o tempo e os efeitos do mundo devastado ferem mais que qualquer projétil, qualquer tipo de morte, não tendo uma cura, nem remédio, apenas dor.
Diferente do primeiro jogo, Ellie não está acompanhada por Joel nessa jornada, mas sim sua namorada, Dina. Juntas, formam um time contra a nova ameaça, os Lobos. Em contrapartida, conhecemos a garota chamada Abby, que também é um personagem importante na plot dessa obra. Assim, tanto o meio tempo entre esses quatro anos na vida da Ellie, quanto o passado e a vida da Abby, são explorados. Uma ressalva que tive no meio da campanha, é em relação aos flashbacks, aqui, jogamos vários e vários flashbacks, o que não é um artifício tão apreciado por mim. Mas apesar disso, gostei da forma que esses flashbacks ficaram organizados, diferentes dos de "God of War: Ascension", por exemplo. O jogo não é confuso, tudo vai se amarrando certinho.
Um ponto a se levantar é o quanto esse jogo está mais adulto e mais realista que o primeiro, que já era bem adulto por si só. Aqui, vemos muito mais sanguinolência, os NPCs estão muito mais inteligentes, parecem mais com humanos reais, as reações deles ao verem colegas mortos, por exemplo, são genuínas, são realistas demais. Não só nas inteligências artificais, o realismo também parte para os gráficos, que estão lindíssimos aqui, durante a campanha, algumas cenas de relações sexuais aparecem. Eu pessoalmente não sou fã desse tipo de cena, prefiro que não haja, e se for para ter, que seja muito sutil e apenas sugestivo. Apesar disso me incomodar um pouco, fiquei contente com a forma que não foi tão explícito, não me desagradou. E é claro que isso é apenas uma opinião pessoal, nada mais.
O cenário do primeiro jogo já era bem rico, aqui, está bem mais, muito bonito, muito bem trabalhado. As opções de acessibilidade também são adições excelentes, a calibragem de áudio está muito mais bem feita que no jogo anterior, e a dublagem também está muito melhor dirigida e realizada, são pontos muito bons de serem apontados. Dito tudo isso, sei que tive uma experiência incrível, única e que deixou aquela sensação de "poxa vida, já acabou? eu quero mais, quero muito mais!", e isso é uma forma de eu dizer que pessoalmente, amei jogar The Last of Us Parte II.
Estou postando alguns shorts desse jogo no meu canal, Ganemi, lá no YouTube. Para mim, foi um prazer jogar essa obra, que agora está sendo adaptada pela HBO Max. Ainda não há confirmação de um possível The Last of Us Parte III, e para ser sincero, não sei se é necessário. Mesmo com a dor no coração que o encerramento dessa duologia me deixou, acredito que o certo seja deixar como está. Será que estou enganado? Isso só o tempo vai dizer, mas agora, em 2023, o que tenho a dizer é que valeu muito a pena, foi uma experiência única.
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