Vermelho Branco e Sangue Azul - Filme


Alex é filho da presidenta dos EUA. Quando ela vai para se reeleger, seu filho, na festa de casamento do irmão do Príncipe da Inglaterra, Henry, acaba derrubando Henry em cima do bolo caríssimo, após uma briga. 

Para a mídia não acreditar que Henry e Alex são brigados e prejudicar a reeleição, eles são obrigados a passar um tempo juntos.

E nisso nasce uma amizade. E dessa amizade nasce um amor. 

Mas em meio a zoeiras, muita pegação, amizade e amor acaba caindo seus e-mails na mídia graças ao recalque de um repórter ex-namorado de Alex. 

Isso causa um rebuliço tanto nas eleições e na Inglaterra. Mas a mídia e o público apoia Henry e Alex e eles podem viver esse amor. 

A mãe de Alex ganha as eleições. 

A adaptação do livro de Casey McQuiston nos trás um filme tão lindo e engraçado como o livro. 

 Apesar de ter noção que nem tudo do livro da para ir para um filme teve mudanças que eu não gostei. 
Não gostei do vilão largar de ser o candidato contra a mãe de Alex para ser o repórter. 
Nem da mãe e do pai de Alex serem casados. Deixou de sitar uma relação muito boa entre eles mesmo sendo separados. 


Mas adorei que a forma de interação entre Alex e Henry não mudou. Eles não ficam de casalzinho. Realmente eles parecem dois amigos que se apaixonam. Acho que isso é legal e possível até em uma relação heterosexual. 
A forma que eles tratam também das cenas hots são engraçadas e românticas fazendo que por mais que seja bem detalhistas não serem tão chocantes assim. 

A escolha dos elenco também foi sensacional. 
Nicholas Galitzine e Taylor Perez passaram todo o espírito que os personagens do livro passaram.
Toda amizade e a passagem da sedução e do amor sem ser chato. Eles souberam levar todas as cenas hots de uma forma que todos podem ver e rir.  

As partes políticas, mesmo sendo menos que nos livros, conseguem ser emocionantes e faz a gente se sentir mesmo que está em uma eleição. 

O final, em que cita mais a família real no filme, me lembrou bem The Crown. Porém achei covardia deles não colocarem a FanFiction da rainha Elizabeth, a princesa Diana defendendo os filhos príncipe Harry e William. William no caso seria o Henry. Sendo que Alex seria um filho da Hilary Clinton. 

Ainda que o final foi lindo e perfeito só consigo pensar que o nível de preconceito já demonstrado por ter tão grande mídia diante desse livro e filme só demonstra que todo um povo como a Inglaterra e o EUA em geral apoiar Henry e Alex é ainda algo irreal. O preconceito ainda é grande, e apesar de uma parte da sociedade lutar pelo direito da minoria a maior parte ainda é dita conservadora. Conservadora quando o direito garante o dito patriarcado, que não passa de ideias feitos para garantir a felicidade suprema do homem branco hétero. E que os outros continuem onde estão. Mulheres, não brancos, e LGBTQIAPN+ devem continuar em seus lugares, em seus pés e manter o alicerce que esses "maiorias" precisam para se manterem no auto. 

Ter filmes e livros como esses é destruir esse alicerce e fazerem homens brancos e héteros terem que lutarem mais para serem valorizados. E isso gera um esforço tão grande e um medo tão grande de não se garantirem que se tem como ameaça.

Mas se todos fazermos nossa parte. Respeitando os limites um dos outros. Garantindo que todos possamos sermos felizes poderemos até nós homens brancos e héteros termos uma estrutura boa para sermos felizes, só que não um por cima do outro. 

Mas um do lado outro de mãos dadas. 

Acho que tanto o livro e o filme mostrou isso. Não só como o casal Henry e Alex. 

Mas em Ellen sendo uma PRESIDENTA, usando o termo criado pela Dilma, com autorização da autora na tradução ao português, e que tem todo um significado, da vitória feminina no meio político, e de como ela foi tirada do mandato de forma covarde e ilógica. E que no faz de conta criado de Casey, vence com o respeito merecido diante do país mais poderoso do mundo. 

Está também essa mensagem, no fato de Alex e sua família serem latinos, ditos no EUA, como não brancos. Em um país aonde o preconceito e a luta por ter a nacionalidade dita americana é tão difícil. Aonde nós indo para lá somos tidos apenas como trabalhadores braçais desmerecidos como orgulho patriota. Vermos no poder iria ser algo além da imaginação. Mas Casey trouxe isso. 

Então, por mais que nunca deve ser desmerecido, Vermelho branco e Sangue Azul é muito maior do que um filme de romance LGBTQIAPN+.

Nota 8.0




 

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