O Veredicto - Barry Reed


Francis Gavin é um advogado que está a beira de ir a falência, casamento destruído, amantes irritadas e viciado em bebida, que recebe a missão de acusar médicos de um hospital católica de que erraram em um parto da paciente Déborah Ruth Rosen. 

O médico Towler permitiu que o anestesista Dan Crowley, auxiliado pela enfermeira Carolyn Névis desse uma anestesia geral da paciente sendo que ela comeu refeição antes de nove horas antes do parto, causando um vômito durante a cirurgia e que a paciente se engasgasse com o próprio vômito, causando uma perca de ar no cérebro, fazendo com que a paciente ficasse em estado vegetativo. 

O advogado dos médicos e hospital, Concannon, diz que a paciente falou que comeu em mais de nove horas fazendo com que fosse impossível os médicos adivinharem que a paciente iria vomitar na mesa de cirurgia. 

Gavin coloca para testemunhar a enfermeira responsável por colocar as informações nos prontuários e ela afirma em júri que os médicos pediram para adulterar a informação no prontuário. Mas antes de adulterar ela tirou copias. O Veredicto foi a favor da senhora Rosen. 

Berry Reed antes de ser escritor serviu o exército na segunda guerra, como o protagonista, e foi advogado defensor de causas de erro médico, como o protagonista. 

O filme, que se inspirou no livro, foi indicado a cinco Oscar. 

Outro livro do mesmo autor que também é sobre defesa de causas de erros médicos também virou filme, com John Travolta como protagonista. 

Quando peguei o livro para ler pensei que ia ser difícil e chato. Um desafio. Mas o Veredicto se mostrou ser um livro ágil e que cativa a gente da primeira a última página. 

Não sei se é porque estou interessado pessoalmente no tema de julgamentos por erro médicos, mas me concentrei e gostei de cada pedagogia que o livro trazia sobre como funciona um júri popular e o que é observado mais em depoimentos desse tipo de causa.

Me deixou vidrado para saber se realmente Déborah Ruth Rosen iria receber o Veredicto a favor. E ficava revoltado com a artimanha do advogado de defesa dos médicos. 

Achei que eu tinha tudo para detestar o  protagonista. Ele era vazio para tudo que acho importante, não tinha romance e nem carisma. Mas me vidrei em seu medo e desejo de vencer a causa e fazer justiça. O cara lutou contra a igreja e contra a corporação médica. Não sei se foi por Rosen ou foi por ele mesmo. Pra dizer que ele não estava derrotado. Mas independente do intuito gostei de ver ele indo atrás, não importasse as consequências. 

Sei que o sentimento de injustiça de um erro médico é algo que me toca muito. A defesa de Concannon falando que médico está aberto para erros por ser uma função rotineira dele não é aceita por mim. Pode ser uma rotina, o trabalho dele. Mas são vidas humanas. São pais e filhos que merecem uma atenção redobradas. Não somos plantas. 

É um errinho que mexe com toda a vida da pessoa. Não da para irmos no médico e estarmos abertos para a sorte do médico estar bem disposto. Ele tem que estar bem disposto sempre que estiver lá. Fique mau disposto quando está em casa. Ou não pratique a medicina. 

Esse livro veio conhecidentemente em boa hora. 

Porém achei que faltou história. Faltou o por fora do julgamento. Como sempre, o livro teria suas mil páginas. Mas meressiamos um romancinho entre Gavin e auxiliar do advogado de defesa. Só uma noite tornou muito supérfluo. Poderia ter mostrado mais da esposa de Gavin e sofrimento dela com os filhos. Será que estaríamos torcendo tanto por Gavin se tivesse mostrado esse lado?

Nota 6.5


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