Em uma agência imobiliária onde trabalha só mulheres criada por Hazell, uma moça com nanismo, três mulheres tentam levar a empresa após a morte da dona.
Mas a chegada da terceira idade para ambas, problemas pessoais e competitividade com Bals, uma outra agênte imobiliária que usa meios errados para roubar os negócios da empresa de Hazell faz a depressão e o desânimo entrarem na vida dessas jovens senhoras.
Tanto que leva Maggie a não ver outra saída a não ser se matar.
Maggie é ex-miss Alabama e ao chegar a terceira idade sem ter se casado ou tendo uma vida particular a não ser com as amigas da agência, ela não vê outro fim melhor a vida a não ser ela mesma botando esse ponto final.
Mas sempre quando a sua rotina metódica se encaminha para o desenlace que deseja, pulando no rio aonde o pai pescava com pesos nos braços e pernas, algo acontece que ela tem que adiar.
Um deles é a mansão histórica da cidade que está sendo posto a venda e que se cair nas mãos de Bals ia ser demolida descaracterizando assim a rua que ela tanto tinha memória afetiva.
Maggie decide vende-la antes de se matar e após descobrir o esqueleto do ex-dono da mansão em um baú no sótão e ter que esconde-lo para não prejudicar a venda da mansão, passa a pesquisar sobre a vida dele.
Quando o pai de Edward Croocks construiu a mansão que Maggie tanto apaixonara era para que um filho homem a herdasse junto de seu império. Mas quando de um casal de gêmeos apenas a menina sobrevive o médico e a enfermeira que estaria responsável pela criação metódica do herdeiro decidem transformar Edwina em Edward.
Edward na cidade passa a crescer como grande herdeiro do pai, da mansão e de seu império. Mas a enfermeira, Lettie Ross, vendo a frustração de Edward não poder ser quem era de verdade decide viajar com ele para o exterior e lá ele se tornaria Edwina, assumindo a identidade uma irmã gêmea só herdeiro do Alabama.
Mas quando a morte chega para Edward no exterior, Lettie para esconder o verdadeiro sexo do herdeiro, decide coloca-lo no baú e esconder na mansão para ser enterrado na mansão que ele tanto amou. O baú chegou primeiro com o corpo de Edward ou Edwina. Mas no caminho Lettie acaba morrendo também.
Maggie após um sonho ruim e vendo o amor das amigas da imobiliária decide não se matar mais.
E passa a viver a sua vida intensamente.
O livro de Fannie Flagg, mesma autora de Tomates Verdes Fritos, e produtora do filme com o mesmo nome, trás um livro monótono mas que conquista na rotina metódica de Maggie.
Sua rotina simplista e que aos poucos transforma a história em algo surpreendente nos leva ao longo das páginas rapidamente.
Achei alguns detalhes descartáveis, parágrafos que pareciam apenas encher linguiça e vários personagens que pareciam que iam ser importantes mas que no fim apareciam só para dizer um oi.
Achei inteligente a forma que chegou a mensagem final, rodando bastante mas chegando a um fim que justificou. Pareceu rápido a decisão da personagem de não querer mais se matar, se eu não tivesse compreendido que o sonho foi apenas o estopim final e não conclusão da decisão.
Acho que Maggie ao longo da história vai tendo vários motivos para retomar sua vida.
Mas acho que a autora deveria se aprofundar mais nos sentimentos das personagens em vez de falar de pessoas desnecessárias.
Queria ver mais de Brenda, mas ela sumiu d a história em vários pontos que achei que não deveria. Sua história deveria ser contada no livro e tinha espaço. Mesmo nas cento e poucas páginas. Uma possível política negra, com transtorno de alimentação compulsório, morando com a irmã enfermeira. Ia ser muito bom. Só que a autora preferiu não mostrar isso.
Mas o livro é bom. Me lembrou muito a série Desesperate Housewives.
Fora a inclusão no livro falando do nanismo que foi muito interessante.
Achei um pouco perigoso só como falou da tentativa de suicídio de Maggie e de como não mostrou ela tratando isso.
Mas faltou.
Nota 5.6
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