Matéria escura - Michelle Paver

 


Em Matéria Escura, Michelle Paver, nos conta a história de Jack Miller, um pesquisador que vai para uma excursão de estudos no Ártico em Gruhukem, um lugar isolado para fazer pesquisas, junto com mais quatro colegas e alguns cachorros que ajudariam na locomoção no local. 

Só que dá pesquisa acidentes e doenças o obriga a ficar sozinho no local junto apenas com os cachorros. 

E a assombração de um pescador começa a levar Jack a loucura. 

Ele tenta manter a sanidade pelo bem da pesquisa com rotina e com ajuda dos cachorros, que se torna boas companhias. Mas lutar contra  "a matéria escura" que é o desconhecido do ser humano não era algo fácil. 

Quando sua sanidade chega ao limite seus colegas retornam para ajuda-lo mas um ataque do ser sobrenatural leva ao fim várias vidas e a certeza de que a assombração, ou Matéria Escura era real. 

Escrito em forma de diário de como Jack perde sua sanidade, o livro é monótona e até chegar ao apse da assombração de mostrar como um ser real e perigoso passa por vários momentos dificeis para concluirmos o livro. Tenho certeza que se não tivesse lido muito rápido o livro não o teria terminado. 

Quando chega o momento de Jack ficar sozinho o livro finalmente deslancha para algo menos monótono, por ironia. 

Ver seu desespero diante das possíveis assombrações é de arrepiar. E quando ele vai tendo cada mais a certeza disso e como ele fica inseguro de relatar isso em seu diário fica bom. 

Não gosto de generalizar modos de escritas de mulher e de homem, mas não tem como negar que a forma de escrita é muito parecida com um autor masculino. Acho que como ele entrou na mente de um homem e como descrevia sentimentos que são tão originais d gênero. Fora a história só conter personagens masculinos. 

Por um outro lado também vi um sentimento muito grande de Jack pelo colega Gus desde o primeiro momento. Chamando a atenção pela sua beleza e depois criando uma dependência grande de sua amizade e quase insana no final. Não deixa nada as claras, mas com certeza se tivesse mais páginas a história acho que a autora abordaria mais esse chamado bromance. 

Não cheguei a ler Mobby Dick, mas já ouvi comentários e vi o filme. Acho que imaginar o fantasma do pescador como o grande leviatã de Jack é um paralelo interessante. Fora que o modo de narrativa muito semelhante. 

Podemos enxergar também que a solidão e a ansiedade, a continuidade de uma rotina constante, como Jack criou pode causar em nós grandes leviatãs imaginários, levando até para a vida da gente, ensinando a gente a sempre ter objetivos para irmos mais além. Não que não tenha ficado claro no livro que o fantasma era bem real, mas acho que a autora também quis trazer essa metáfora. 

Nota 7.0

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