Nosso natal na fazenda


 Matt é um viúvo, pai de cinco filhos, que trabalha em uma empresa  e tem o prazo de até a véspera do natal para fazer uma apresentação aos fornecedores. E quando recebe a herança de um pai afastado de uma fazenda isolada da sociedade pensa que terá paz e sossego para realizar esse trabalho. 

Mas ao chegar na fazenda percebe que o trabalho da fazenda e a responsabilidade com os arrendatários da vila era bem maior que pensava.

Mas isso modifica seus filhos e como viam o mundo de uma forma mais simples e com aprendizados de verdade. 

Mas Matt ainda quer manter sua rotina e pensar que o pai ausente não queria saber dele indus o viúvo a vender a fazenda e decepcionar os filhos e os arrendatários que queriam viver com eles em sociedade. 

Mas quando Matt percebe que está perdendo o que realmente importa, ele volta a trás. Porém seu funcionário que queria concertar tudo, acaba vendendo a fazenda novamente.
Mas tudo se resolve quando o advogado do pai de Matt aparece e fala que uma das cláusulas do testamento é que a fazenda não podia ser vendida. 

No fim nem o pai de Matt estava morto. Ele deu a fazenda a Matt para reencontrar o filho e os netos já que a mãe o tinha afastado. 

Um clichê de natal, um clichê de fazenda, um clichê de pai aprendendo a dar mais importância aos filhos do que ao trabalho. Lúdico, com todos exageros feitos para crianças adorarem.

Mas o filme da Netflix natalino trás dois diferenciais que me emocionaram. 

O primeiro é como souberam tocar de verdade no sentimentalismo do amor paternal com os filhos por trás de todas piadas lúdicas para agradar as crianças. Eu, como pai, me toquei com a forma como Matt amava cada filho com seu diferencial e sabendo aceitar suas diferenças e lidando com tudo de forma leve e simples. Mesmo nos momentos que ele teve que se impor para exigir a responsabilidade de não poder ter a fazenda.

Lógico, na utópica história, ele pode abrir mão do emprego e das responsabilidades para viver na cidadezinha do interior com aquelas pessoas adoráveis. 

O que também me tocou nesse filme. O acolhimento da comunidade a família e como a vida vivida de forma simples parecia tão fácil. Foi acolhedor de uma forma invejável. 

Também gostaria de não ter que destacar isso como algo tão diferencial em um filme hoje em dia. Mas tenho que destacar pela forma pura, simples e lúdica que é tratado a inclusão do tema do lgbt em um filme infantil. Mostrando que existe e que deve ser explicado de forma simples que um casal pode ser de várias formas. 

Outro tema que é tratado, que quero deixar claro que não vejo de forma nenhuma referente ao lgbt, porque é referente a uma criança. E sim o tema de aceitar as diferenças de gostos não generalizados que viamos com preconceitos a um tempo atrás. 

Um dos garotinhos da família gosta de usar roupa de brilho e lantejoulas. E é citado do filme que ele tem medo da não aceitação disso na escola. 

Já passou da hora de parar de vermos gostos ainda na infância como referências ou medos disso alterar a opção sexual dela no futuro. Sendo que não tem nada a haver com isso. Sendo que quando chegar a hora não deve ser algo preocupavel, pois é uma concepcao existente particular quando chegarem a idade do despertar sexual, que acontece apenas na adolescência.  E escolher referentes a cores, brinquedos ou com quem ele brinca não tem influência nenhuma com isso no futuro. 

O filme não se refere a isso.  Mas toca levemente nesses temas de forma lúdica e que deve ser falado com a criança para evitar bullying ou qualquer forma de preconceito. 



O filme não é surpreendente no final e a resolução e fácil e lúdica, realmente para crianças. Mas que trás detalhes para chamar atenção dos adultos que merece uma nota boa. 

Nota 6.5


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