No livro O caminho dos Reis escrito pelo autor Brandon Sanderson que dá início a série Os relatos da Guerra das Tempestades o rei Gavilar é assassinado quando tentava um acordo de paz com o povo Parshendiano gerando a história de três protagonistas.
Dalanir, anos após a morte do rei, seu irmão, tenta unir os reinos aliados do novo rei, seu sobrinho, Elhokar, para lutarem contra os Parshendianos.
Mas a sua fidelidade a um livro de leis que seu irmão lia começa a alterar a forma de ver a guerra. E visões de um futuro apocalíptico que ele não sabe ser verdade ou alucinação o fazer duvidar de sua própria sanidade.
Tudo piora quando o Elhokar, ficando paranóico com alguém também o querendo o matar o faz colocar Sadeas, um dos líderes guerreiros, inimigo de Dalanir, para investigar sobre um possível atentado a vida do rei. E pior, as alucinações de Dalanir, o aconselha a confiar em Sadeas e sua investigações, mesmos os métodos de luta em batalhas de Sadeas irem contra os dogmas de honra que Dalanir seguia seguindo o livro de regras.
Um dos métodos que Dalanir desgostava era Sadeas usar escravos para levarem pontes para a fronte de batalha, que era deteriorado e necessitando dessas pontes portáteis para atravessarem de um lugar ao outro, e usarem esses escravos como primeiros alvos para os ataques dos Parshendianos. Eles se distraiam atacando os escravos e deixando os soldados com mais poder para contra-ataca-los.
Nisso somos apresentados a nosso segundo protagonista.
Kalandir é um filho de médico que estava sendo prometido a herdar a profissão do pai quando seu irmão menor é escolhido para ir a guerra contra a vontade dele.
Kalandir para proteger o irmão, vai atrás. Mas falha em sua missão. Com vergonha, ele não volta para casa e decide se manter como guerreiro.
Mas no fronte de batalha, ao tentar defender um líder de batalha que Kalandir gostava muito, ele acaba sacrificando alguns de seus colegas, pois o inimigo usava uma espécie de armadura muito forte que uma versão de anjos caídos daquele universo abandonou para os homens quando eles caíram, e os humanos que pegaram essas espadas e armaduras se tornavam super guerreiros.
Quando você conseguia, por muita sorte, matar esses super guerreiros você herdava essas super armas, e se tornava os super guerreiros.
Só que Kaladir, tinha ódio desses super guerreiros, e não quis ficar com as super armas. O líder de batalha pega a arma e para ninguém suspeitar que foi de forma indigna, mata todos os colegas de Kaladir e o marca como escravo para ninguém acreditar que foi Kaladir que matou o super guerreiro.
Kaladir é vendido para virar um dos carregadores de ponte de Sandeas.
Só que em vez de se submeter a correr o risco de morrer no meio da guerra, ele passa a treinar seu grupo de carregadores de ponte e ajuda eles a se tornarem verdadeiros soldados.
Isso chama atenção dos líderes militares.
E vai contra o que Sandeas queria, pois eles sobrevivendo os soldados de verdade morreriam.
E os líderes militares colocam eles mais abertos aos ataques dos inimigos. Mas cada vez que isso acontecia Kalandir inventa uma nova forma de camuflar seus homens, ou treina-los ou defende-los.
E quando a revolta toma conta de Kaladir ele descobre poderes estranhos em si que indicam que eles descendem dos tais anjos caídos. Isso ajuda ele no meio da batalha a salvar seus colegas carregadores de ponte.
E quando Kaladir, em uma das batalhas percebe que Sadeas vai trair Dalinar, ele por honra, não pensa duas vezes, e o salva.
Repetindo a história. Mas dessa vez, Dalanir retribui Kaladir com honra também. Dando sua arma fractual, que é como é chamado, aquelas armas que os transformava em super soldados, para Sandeas lhes comprando os escravos carregadores que os salvou da traição.
Dalanir não podia denunciar Sandeas para Elhokar, porque se não ia ruir a união do reino que lutavam unidos contra os Parshendianos.
Mas ele exige confiança do jovem rei para governar no lugar do rei que estava desestabilizado diante do medo de morrer.
Temos também nossa terceira protagonista.
Em Jah Keved, o rei morreu. Deixando os seus filhos com um grande problema, a pobreza no reino. Eles tinham um aparelho que mudava qualquer matéria em outra. Pedra em ouro, areia em vidro, sangue em sulco. Isso gerava grande riqueza no reino. E era extremamente raro. Mas o dele se quebrou.
Para resolver isso eles decidem enviar sua irmã, Shallan, para Kharbranh, uma especie de cidade faculdade, aonde estava Jasnah, filha de Gavilar, que estudava porque os Parshendianos queria matar seu pai e porque guerreavam contra os Alethianos.
Shallan tinha o plano de se oferecer a aprendiz e auxiliar de Jasnah e trocar aquele equipamento de transformação de matéria, pelo o que ela tinha.
Só que no meio desse processo de conseguir virar a aprendiz e auxiliar de Jasnah, Shallan descobre duas coisas. Que o equipamento era só uma desculpa, o poder de transformação da matéria era da própria Jasnah. E ela estava passando para Shallan também.
E que os Parshendiano na verdade não queriam guerra. Eles são na verdade uma especia de demônios, querendo o tal apocalipse que o Dalanir via em suas visões. E tinha Parshendianos camuflados entre os Alethianos como empregados e funcionários inferiores.
Eles tinham até conseguido contratar um super assassino para matar os líderes do reino, incluindo Gavilar. E a próxima vítima dele ia ser Dalanir.
Fechando o livro com esse super assassino demoníaco invadindo Alethkar para matar Dalanir. O verdadeiro líder honrado que ia levar os reinos a união e lutando contra o tal apocalipse.
Peguei o livro de Brandon Sanderson de surpresa e começando essa super série com coragem e sem espectativa nenhuma me surpreendi adorando uma espécie de história que eu não sou acostumado a gostar.
Guerra, táticas de batalha, homens cheios de testosterona querendo se impor um ao outro em um mundo místicos e com nomes e subnomes confusos e inúmeros. Tinha tudo para detestar.
Mas por trás disso tudo teve sim uma história de honra e amor que nunca vi alguém escrever tão bem.
Cada protagonista e personagem tem sua personalidade diferentes e que me conquistou de um jeito muito rápido e mágico.
Dalanir me mostrou como a honra em fazer as coisas corretas, mesmo em volta de muitas críticas, faz o destino ser o certo, mesmo uma das frases do livro seja que o importante é trajetória e não o destino.
Kaladir me mostrou como a persistência em sobreviver em meio a pessoas ruins te faz ser forte e não mais fraco. Ele luta com tanta bravura para salvar a vida de seus homens com tanto amor, que inspirador. O valor a vida que ele tem é inspirador. O valor a vida do outro, não só a dele.
A alma que autor da para os carregadores da ponte, é fascinante. Aos pouquinhos vamos os conhecendo e amando cada um. E torcendo para ninguém morrer. Sentimos realmente o que Kaladir sente.
As cenas de batalhas são sufocantes e tão realistas. Acho que nenhum livro tanta realidade e detalhismo. Vemos e sentimos cada movimento, de cada ação.
Até mesmo os detalhes mágicos é tão detalhista que é fácil de ver. E olha que Brandon taca-lhe fantasia nessas batalhas.
As cenas dramáticas são divinas.
Quando Dalinar descobre a traição de Sadeas é uma mistura de tanta emoção, e sentimos o que ele sente.
E quando Dalinar da sua espada para comprar os escravos carregadores e Kaladir entende o que ele está fazendo é uma das cenas mais fortes e humanitária que já li na vida.
Não dá para explicar nessa publicação o universo fantasioso e fantástico que Brandon criou porque é gigantesco. Mas ele vai introduzindo na história de tal forma que quando vê a gente tá esperando no nosso mundo as coisas fantasiosas e loucas que acontecem no mundo de Brandon.
A filosofia de metáforas que é falado no livro também é infindável. São conselhos e mais conselhos que dá para seguir no nosso mundo. E se a gente conseguir seguir, seremos um Dalanir ou um Kaladir. Honrados. Essa é a palavra.
Foi de surpresa que peguei o livro.
Me surpreendi adorando esse livro.
E terminando o livro de 1238 páginas em 15 dias, último livro terminado no ano, e ficando para mim no top 3 do ano, favoritado e louco para continuar a série.
Nota 10 ❤️
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