Resumo
Domina é uma mulher separada, mãe de dois filhos adolescentes que estão na faculdade, trabalha na agência de publicidade Jackson e luta pela sua posição como mulher na empresa aonde é gerenciada por homens machistas em uma época em que a mulher na empresa de trabalho era só acessório.
Agenciando a entrada da moda em Israel, uma região em que o vestuário feminino era um utilitário da cultura ou religião e começando a virar item de vaidade, Domina tem que provar para seus colegas que uma designe de roupas bem mais velha e que serviria apenas para pano de fundo para marching, não era o necessário para tal evento, e sim sua amiga, Maran, que trazia eficiência e novidades do mundo da moda.
Mas lutando com argumentos rígidos e tendo que provar o tempo todo para seu colega, Roe, que queria o bem do trabalho e não uma guerrinha feminina Domina se decepciona cada vez mais com o mundo profissional da sua agência.
Mas logo Domina prova que estava certa. Um problema na hora do desfile faz Maran sair dos bastidores e ajudar a amiga na hora do desfile, provando para Roe que ela sim tinha sangue frio para trabalhar com eles.
O próximo trabalho de Roe e Domina em uma fábrica de carros, faz eles se aproximarem e desenvolver uma relação.
Mas novamente Domina vê problemas graves no grupo. Domina é impedida de demitir uma funcionária que se mostra racista para o cliente, que é negro.
Roe, mesmo tendo Domina como companheira, decide confiar na funcionária que alega que o racismo dela não existiu. E que Domina tinha a denunciado apenas porque descobriu que Domina planejava sair da empresa e abrir a sua própria, cansada dos argumentos machistas dos colegas.
Roe destrata Domina e o fim da relação teria acontecido se a funcionária racista não tivesse demonstrado outros traços de índole duvidosas.
Com o coração amaciado porque a melhor amiga Maran, morre de repente após um procedimento cirúrgico simples, perdoa Ron e os dois decidem abrir a própria agência.
Sobre a autora
Anne Tolstoi Wallach, a autora, assim como a personagem central de seu primeiro romance também trabalhou em uma agência de J. Walter Tompson e como diretora de criação foi a primeira mulher a trabalhar para a Ford.
Trabalhou em inúmeras campanhas a favor do feminismo.
Abandou a carreira de publicidade para se dedicar a literatura. E casou três vezes, sendo que a última com 80 anos de idade.Morreu com 89 anos por complicações da Doença de Parkson.
Minha opinião
O livro A executiva é um livro que mostra as exigências exaustivas da mulher no mercado de trabalho naquela época. Como que cada uma se exaure em suas personalidades e intelectos para se compararem a homens machistas e que só vem a diminuição delas para se exautarem como superiores.
Seria assim mesmo? Com todos os homens?
Achei a autora, analisando e até certo ponto julgando sua vida particular e levando para o seu primeiro romance publicado que ela trouxe um certo rancor e generalismo diante de situações que vivenciou.
Vejo que eram outras épocas e outra visão muito complexas para julgar.
Mas vi nos próprios pensamentos da autora machismos e até racismo da parte dela que ela joga para os personagens em meio a pensamentos aleatórios que geram parágrafos enormes e cansativos nos livros.
Ela joga pensamentos nas cabeças masculinas que não vejo como sempre naquele ângulo.
E vejo uma aceitação de uma relação abusiva nas palavras do dito mocinho, Roe. Ele em diversos diálogos com a protagonista se mostra exigindo que ela deveria se adequar ao papel "correto" de mulher. E Domina sendo dominada, usando o trocadilho, por palavras fracas em que ele se submete apenas ao desejo.
Não vi amor entre eles.
Nao gostei de Roe. Ele é fraco e se submete ao que os outros falam contra Domina. E só quando se prova realmente ao contrário que ele aceita as verdades dela.
A história em formato de pensamentos aleatórios de cada personagem acabou sendo bem sucedido. Tornou a história visível. E apesar do roteiro de vagar as cenas fortes são um atrativo.
Maran morrendo foi um choque e foi muito triste. Trouxe para a história um ponto que precisava para ela não ficar na mesmisse e parada só naquele ambiente empresarial.
O livro é ousado, mas generaliza muito o gênero com regras que homens são assim e mulheres são assados.
Acho que deveriam mostrar mais que mulheres são diferentes da imagem que os verdadeiros machistas acham que são nos mercados de trabalho. Mas a história mostrou exatamente ao contrário.
Domina foi muitas vezes descontrolada, emocional e lidava com os desafios empresariais de forma desmotivada e tentando visualizar apenas o próprio sucesso. Sendo que não havia coleguismo. Pois na história só existia o inimigo mortal. O homem.
Sei que parece papo de homem falando de feminismo. E é.
Mas nesse livro ele expressou justamente isso. Como se um homem machista falando de feminismo disfarçado de mulher, só para dizer que homens machistas tem razão.
Acho que o meio empresarial precisa ser mais humano sim. Mas uma pessoa deve ter alto controle e deve ser desencorajado atos não profissionais de todos os gêneros, idades e cores.
Nota: 2
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