Resumo
Em Luar dos Amantes temos a história de Rachel Browning que vai morar em uma comunidade restrita no interior, em que o irmão, Merrill, já vivia, em que todos viviam em conjunto baseado no que um conselho de idosos autorizava ou não, inclusive o casamento que eles viviam de forma diferente.
A pessoa era obrigada a ficar casada por um ano, depois teria outra pessoa, para ter um casamento.
E as crianças eram criadas pelos pais até os sete anos, depois, era responsabilidade da comunidade.
Só que Rachel estava revoltada, porque a órfã, Kitty, que ela adotou, gostaria de saber como seus colegas do antigo orfanato, estava na vila vizinha e não poderia por estar agora nesse comunidade.
E quando Kitty se revolta e foge, Rachel a encontra no navio de Wyatt Colton, que tinha parado no cais da vila por seu navio estar avariado e precisar de reparos.
Rachel, que era responsável pelas finanças de uma empresa que fornecia material de ajustes para o navio de Wyatt, aceita o trabalho. Na comunidade, apesar da época, as mulheres tomava a frente de negócios e empresas.
Mas a amizade de Kitty e Wyatt só crescia e com isso a aproximação de Rachel também. Que tinha que ia buscar constantemente a menina na embarcação.
Isso faz um envolvimento amoroso acontecer entre Rachel e Wyatt, mesmo indo contra os ensinamentos da comunidade.
Mas o conhecimento do envolvimento de Rachel com o capitão do navio gera a revolta dos moradores da cidade e do irmão de Rachel, que já estavam tramando o casamento de Rachel com outro morador da localidade, Calvin Foley.
Calvin, mesmo ainda tendo um caso com sua ex-esposa, e Merrill casando por amor com uma moça não tão digna assim, tentam obrigar Rachel a ficar na cidade, abandonar Wyatt, e sua pequena órfã, que estava completando os sete anos.
Isso faz Rachel se revoltar contra as ordens da comunidade e querer fugir com Wyatt.
Um surto de doença na comunidade facilita essa fuga.
No fim, graças a doença, a comunidade se extingui e Rachel percebe que o medo de ficar sozinha é muito pequeno diante do medo da morte.
Rachel passa a cuidar dos órfãos que ficaram da comunidade graças a doença, junto de outras mulheres da vila.
Wyatt concerta seu navio e vai embora abandonando Rachel, acreditando que seu sonho era viver no mar e ter várias mulheres, como seu colega, Horace, que tinha várias mulheres em cada porto.
Mas logo, é claro, Wyatt se arrepende e retorna a cidade trazendo a sua última mercadoria, remédios e médicos a cidade, para acabar com a epidemia. E viver ao lado de Rachel e Kitty.
Opinião
O livro de Jo Ann Ferguson nos trás um uma história um pouco frustrante em relação a muitos pontos.
As informações sobre essas comunidades restritas que existiram nos interiores dos EUA acho que primeiramente, foi tratada de forma supérflua sem dada a devida importância.
Com certeza, por ser um livro de romance, deve se restringir a falar do ponto romântico da história e eu não devia exigir algo mais amplo. Mas pegar um tema desses, e não citar mais profundamente como o psicológico de uma mulher, principalmente, era trabalhado para aceitar as regras e exigências dessas comunidade que claramente favorecia as necessidades masculinas e muitas vezes dando desculpas até religiosas que nem são citadas no livro.
Acho que claramente a autora se desviou da polêmicas desse tema para usar apenas o pano de fundo para contar a história mais leve e sem embrenhar por esses ramos. Mas achei até mesmo um ato, arrisco em dizer, irresponsável da autora.
Mas o livro tem suas outras fragilidades menos polêmicas que me fizeram desgostar mais um pouco do livro.
A protagonista Rachel, tinha nuances muito rápidas em seus sentimentos. Em menos de uma fala ela já passava da raiva a paixão, da calma a agitação e depois voltava.
Podia-se dizer que é um traço de personalidade se essa nuance fosse mais definida. Mas estava claro que não era o caso. E muitas vezes atrapalhava a gente até mesmo a imaginar os diálogos. Como assim a feição dela vai mudar de repente da ira a sedução frágil?
Contando com o roteiro que teve na história e não o que não teve em relação a comunidade, foi bom.
Não achei que a garotinha foi um tipo de cupido, como é falado na sinopse do livro. Katty é ligada tanto a Wyatt quanto a Rachel.
Mas achei que foi mesmo o desejo de Rachel que fez todo o trabalho dela se ligar a Wyatt.
E ele, por mais que demonstrou ser um mocinho tradicional desse tipo de livro, apaixonado e preocupado com Rachel, achei que seu desejo a longo prazo de ter várias mulheres em um porto, espelhado no amigo, muito estranho.
O final, com a epidemia resolvendo tudo, foi um jeito esperto da autora resolver todos os problemas. Elevou o livro para outro lado. Merecia mais páginas por isso. Mas estaria esperando demais.
Nota 1.5
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