O som do rugido da onça - Micheliny Verunschk


 No livro ganhador do prêmio Jabuti de 2022, o som do Rugido da onça, Micheliny Verunschk, nos conta a história de Ine-e, uma criança indígena, que é vendida por seu pai para os cientistas ingleses que a levam para morar com eles em Monique, convivendo com a família real. 

Passando por todas as formas de abusos físicos e psicológicos a menina, como aconteceu com o grupo de crianças que veio junto, acaba morrendo e tomando a forma espiritual da onça que o povo  acreditava que ela tomava. 

O livro ainda conta ainda a história de Josefa, no período pós pandemia decide investigar a fundo o caso de Ine-e e outros maus tratos do governo tanto antigo quanto atual contra os povos indígenas no Brasil. 

Opinião 

O livro é de tamanha importância. Trás informações tremendamente sérias e de horrores que decidimos fechar os olhos. Trás a visibilidade de um caso que se repete todos os dias e que decidimos não ver. 

Porém a autora trouxe uma variações de formas de trabalhar essa narrativa que não me agradou. Acho que se mantivesse uma forma de narrativa, ou novelista,  jornalística, ou cultural indígena, daria mais certo e não cansaria como cansou. 

Os horrores citados na história também cansa. É uma versão de Uma vida pequena, só que real e com uma menina. 

É o motivo do livro existir é esse. É gritar a tortura e os horrores que ela viveu. Mas não é fácil e é difícil demais se se terminar as cento e poucas páginas. Isso é inegável. 

Na parte jornalística, que foi a convivência de Ine-e em Munique foi a mais dificil de ler. Variava muito com as outras formas de narrativas e a gente demorava para acostumar, porque não era tão visível. 
Era mais passar uma informação mesmo. 

Talvez o prêmio Jabuti abrange certos tipos de livros que eu não esteja querendo ler no momento. Estou pensando em especificar em outras formas de literatura brasileira. Apesar de não apagar a importância que um livro desse calibre tem para o Brasil. 

Mas a pergunta é o que vamos fazer com essa informação!

Esse horror aconteceu a séculos atrás, mas a autora mostra em suas páginas que aconteceu agora na época da pandemia. 

Acho que o que eu posso fazer, como sujeito preso a uma sociedade que está em trilhos que só levam a sonhos egoístas e que não dá para pensar em um bem comum de uma sociedade defeituosa é pensar em estudar melhor meus governantes que tento eleger para cargos políticos. 

Não pensar só na economia do país. Não pensar só na sociedade manter nesse trilho que nos prender a um cabresto que não nos deixa olhar para o lado. Não pensar em um político que quer preservar regras que restringem a melhoria apenas da família padrão. 

Mas pensar uma criança que é tirada dos seus pais, no meio de onde vive, para ser exposta em mundo frio e egoísta. 

Isso aconteceu a séculos atrás? 



Sim. Eu vi por cima essa reportagem, como várias pessoas. Pode ser que esteja falando o que não entenda. Mas a importância desse livro é para isso. É esclarecer e abrir nossa curiosidade para abranger mais dessas notícias. Abrir o link. Ler. E ver que as vezes o político que glorificamos as vezes faz o bem para meu emprego, minha instituição familiar, mas está fazendo mau para inúmeras outras pessoas. 

Dá para o classe baixa ou até mesmo a média, que é empresário, que tem uma empresa que sustenta várias famílias pensar na criança indígena que mora, não em uma oca, mas em barracos com micro qualidades de vidas, com mínima instrução para saber que dá para viver sem ter que vender o filho?
 
Sendo que tem do lado da minha casa famílias no mesmo caso e que políticos que pensam economicamente facilitaria com auxílio ou liberando FGTS? 

Esse grau de pensamento para abranger toda uma política na hora de votar  está sendo mesmo inserido na nossa sociedade? 

O que devemos fazer? 

Ter livros que mostram todos esses lados é a importância necessária para ele existir. 

Mas não devemos também não identificar a importância necessárias para livros da nossa literatura apresentar formas de cativar o público. 

A autora não pode jogar a informação na nossa cara e pensar que vamos apanhar e vamos mover o mundo. 

Acho que deve ser pensado formas e formas de passar essa informação para o público para ser cativante e as pessoas quererem ler. 

Depois falam que a literatura brasileira não é aberta. Mas não é. A forma de escrita foi uma prova de resistência e que poucos chegam até o final. Eu pensei em abandonar.

Cheguei a esse livro de forma diferente do que o normal chegam? Sim. E quantos pessoas pegariam essa informação, esses pensamentos importantíssimos se o autor pensasse em ser mais aberto para pessoas de diferentes classes de intelecto. 

Estou julgando mas acho que minha resenha também tem isso. 

Acho que esse teste do autor foi o que derrubou o livro pra mim. 

Conclusão 

O livro passa uma informação muito importante porém o autor nos faz uma prova de resistência para terminar o livro graças a variações diferentes de forma de escrita da narrativa. 

Nota: ⭐


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