Bridgerton - 3° temporada - episódio 1 ao 4




Estamos na terceira temporada dos Bridgerton. 

Eu já li os livros, e acompanho a série pela Netflix a muito tempo. 

Sou fã tanto da Julia Quinn, autora dos livros da série quanto da Shonda Rhimes autora da série de tv que também criou outra série que amo que é Grey's Anatomys. 

Por ter a muito tempo não lançado nada que não consta muita resenha aqui. Mas pretendo mudar isso. 




As séries tanto de livros quantos cinematográficas tanto de uma quanto da outra tem me fascinado muito por ser extremamente românticas, dar importância para ser um casal, quanto falar de feminismo, atualismo, racismo, preconceito e muito, muitas  cenas quentes e falando claramente sobre a liberdade sexual. E no caso de Bridgerton tudo acontecendo na época Vitoriana. Uma época Vitoriana que suponho ser bem fictícia, mas uma época Vitoriana dos meus sonhos. 

Suponho ser uma época Vitoriana fictícia, porque pelo o que li em outros lugares se fosse real aquele esplendor todo seria apenas para uma facha social, as dos ricos. A divisão social estava muito maior. Pobres miseráveis com os ricos sofisticados.

Também foi por um período curto de tempo. As temporadas em que os ricos e da auta sociedade apresentavam seus jovens para casar foi alvo de  pelas inúmeras guerras internas e externas que aconteceram dando fim a inúmeros rapazes que iam para guerra e moças que ficavam a mercê de perigos incontáveis de ficarem sozinhas em cidades isoladas que eram tidas como point de belos bailes. 

E também a mentirinha contada sobre a liberdade feminina daquela época. Mulheres eram tidas como objeto naquela época. Jamais teriam a liberdade de escolher casamento por paixão. Se falassem como aquelas meninas falavam jamais conseguiriam marido. 

A parte de pessoas negras convivendo com os brancos de igual para igual, já foi falado que foi daquela forma sim. Mas não acredito que tenha sido visto tão igualitário como é mostrado na série. Acho que tinha um olhar atravessado ou um diferencial que, tirando o spin-off, que era o início, na série geral não mostra. 

Então, acredito eu, que aquele universo é tudo um faz de conta. Um faz de conta que eu queria viver e fazer parte. Principalmente daqueles jardins e bibliotecas. 

Nos quatro primeiros episódios da terceira temporada trás o preconceito contra Penelope. 

Collins, o terceiro filho casal Bridgerton, não vê a sua amiguinha de infância como uma possível companheira de casamento e ao falar isso na frente de seus amigos e ela testemunhar decide arrumar um marido para a próxima temporada para se afastar da mãe e de todos. 

Mas Penelope ainda tem um segredo. Ela é a redatora das crônicas mais famosas da cidade de Mayfair, que relata as fofocas da Auta sociedade que aconteciam durante os bailes. Só que tudo isso de forma secreta. 

Usando isso como válvula de escape por ser tão humilhada Penelope destilava todo seu veneno nesses encartes que era distribuído a todos. 


Mas na série de tv, sua melhor amiga, Ellouise, irmã de Collins, descobre que ela é a autora e se afasta da protagonista. Deixando ela mais solitária ainda para iniciar a temporada, tanto a da série quanto da história. Trocadilho tanto usado na série que está ficando uma piada mais velha que a do tio do pavê. 

Mas quando Penelope está quase conseguindo um pretendente Collins, usando o clichê do Best Friend Forever, reconhece que amava Penelope, vai atrás dela e se declara e se entregam ao amor. 

E eu detestei esse clichê? Fiquei decepcionado?

Eu amei. 

Penelope é minha versão feminina. Tanto eu quanto minha esposa, que reconheceu em mim vários traços tanto da minha história, quanto da personalidade. 

Eu era atrapalhado em falar com as garotas, quando alguma garota queria falar comigo. E quando alguém queria falar comigo, eu soltava assuntos que não eram tão interessantes assim, que afastava as pessoas. Acho que continua meio assim. Sem o fato de falar com garotas, porque eu na encontrei meu Collins, no caso minha esposa. 

Mas se bem que acho que minha esposa se encaixaria bem mais na personalidade de lorde Deblin.


Sua frase falando que "Quando você se destacando da manada se torna um alvo" define bem o que sua personalidade tem tudo haver com minha esposa e como eu defendo muito mais ele com Penelope do que com Collins. 

Não gostei de Collins no livro. E não gostei de Collins na série. Achei que ele reconheceu Penelope como seu grande amor tardiamente. E que Penelope ia fica muito melhor com Lorde a Deblin. Só que viajando com ele e conhecendo o mundo e não ficando em Mayfair. Talvez escrevendo relatos sobre as viagens em um novo estilo de cronicas. 

Acho que se fosse real a história de Penelope, talvez isso acontecesse. 

As trocas de flertes deles achei muito mais inteligentes e exigia muito mais do carisma de Penelope do que com Collins que só a olhava ela já se derretia toda. 

Shonda se nos surpreendesse mais uma vez e mudasse o final fazendo Penelope reconhecer que uma vida ao lado de Deblin era a real felicidade do que do lado do seu amiguinho imaturo de infância, e fugisse com ele na hora do casamento, ia ser bem mais interessante, eu não ia achar ruim, por mais que ia ser apedrejado pelos fãs que estão até shippando o casal de atores. 

Mas a série em si é muito bem feito. 

O roteiro mesmo clichê e vitoriano conseguindo trazer temas atuais.

A trilha sonora trazendo músicas atuais em instrumentos clássicos. Isso foi uma ideia de gênio. 

O figurino e o cenário são obras de artes que devem ser expostos no museu para sempre. 

Até às histórias acrescentadas em meio ao clássico de Julia Quinn consegue ser de forma tão sensível e preocupado com o público tanto antigos leitores quanto novos públicos que só vêem a série que nem criticamos esse acrescentamento e mudanças.

Não acho que realmente essa série tenha defeitos. 


Nota 5⭐❤️


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