A pálpebra esquerda - Françoise Sagan

 


Em a A pálpebra esquerda fala de  uma mulher em viagem de trem, a caminho de um encontro com um amante, para terminar com ele, graças a classe social dele, mas acaba presa dentro do banheiro e analisando sua vida e o medo de não sair de lá.

Acho que a única personagem até agora, de todos os contos lido, que realmente merecia ser solitária e depressiva, não era. 

A protagonista é egocêntrica e mesmo se deparando com uma situação difícil, como correndo o risco de ficar presa no banheiro sem chance de alguém a ajuda-la ela fica pensando em como é admirável seu lado esquerdo do rosto. 

Não sei se a autora tem um rancor grande por pessoas assim e vê eles se dando bem, enquanto pessoas deprimidas e com a autoestima baixa são mais parecidas com ela e ela não vê a devida recompensa na vida por se ver assim. Mas ela demonstra em seus contos que há uma injustiça tremenda nessa balança no mundo. 

O conto é mais cumprido, as cenas mais visíveis e até seus pensamentos aleatórios são mais lógicos. 

Nota 1,0⭐

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