No livro Mundo Encantado escrito por Nora Roberts somos apresentados a Kathleen Hardesty que planeja encontrar um navio mercante nalfrado no fundo do oceano que o pai investigava a localização antes de morrer.
Antes de virar professora em uma faculdade, Kate, ia com o pai nessas pesquisas, mas a falta de tempo escondia um motivo mais profundo para ela não o acompanhar em um trabalho que renderia muito dinheiro e fama no meio acadêmico.
Kate tinha tido suas primeiras experiências amorosas com o dono do navio que auxiliava no transporte e nas expedições de mergulho.
Ky Silver também havia se apaixonado por Kate, mas vê-la se dobrar as vontades do pai e se afastar dele foi um golpe terrível para o espírito marrento do rapaz.
Agora, sem o pai no meio para mediar a expedição e o caso amoroso dos dois Kate e Kay dão vasão ao amor em meio aos mergulhos mágicos atrás do návio nalfrado.
Os perigos do oceano, e a visão da vitória certeira das pesquisas fazem eles se aproximarem cada vez mais. Mas a dúvida de que cada um sente não os deixam realizar todas as fantasias de um amor tão visceral.
No fim, descobrem o návio e que o ouro que tinha dentro não importava e sim estarem juntos e se amando.
Opinião
O livro quis mostrar muito sobre o sentimento do casal de protagonistas e sobre o diferencial do livro que era questão do trabalho de mergulhadores.
As cenas no fundo do mar percorre páginas e mais páginas do livro. As vezes são cansativas, as vezes são lindas. Mas faz com que não dê tanto espaço para roteiro.
O sentimento do casal realmente é mais explorado que o roteiro.
Kate é variadas vezes assombrada pelo fantasma do pai metaforicamente. Apesar dela ainda estar em um luto ela demonstra o tempo todo que seus movimentos de vida são movidos pelo o que o pai queria, mesmo depois de morto.
Quero lutar muito para não ter essa influência na vida dos meus filhos. Não acho justo viverem com um fantasma meu dentro da cabeça deles. Quero que aprendam viver com as decisões deles.
Quem sabe isso não acaba sendo uma bengala para pessoas responsabilizar os pais pelas suas atitudes impensadas culpando alguém em vezes de se responsabilizarem pelos próprios atos.
A visibilidade das cenas de mergulho são muito bonitas e foi o ponto alto da história e o diferencial. O ataque de tubarão no final do livro trouxe pontos extras para a história. E o tubarão acabou sendo o grande vilão, já que não tinha nenhum.
A interação dentro da água também foi de grande criatividade da autora.
Como todo mocinho da Nora, acho que ele confunde muito a atitude de um flerte com ataques. Não gosto muito disso, mas a autora deve achar charmoso. Muitas cenas de Kate sendo pega pelo braço e levada a fazer coisas que Kay queria por força bruta ou até mesmo psicológica é tida como romântico ou protetora.
As cenas quentes são boas e românticas. Mas achei que Nora enche muitas páginas do livro com palavras desnecessárias de sentimentos que acabam virando palavras sem sentido nenhum.
Parecia que ela separava palavras aleatórias para encher mais o livro e de formas repetidas apenas trocando por palavras sinônimas.
O livro é romântico, tem o diferencial da busca pelo tesouro em um mergulhos lindos, tem o ataque de tubarão, mas faltou algo. Enredo?
Nota 2⭐
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