Resumo
O livro o Chefão, escrito por Mario Puzo, conhecido por Poderoso Chefão, após a adaptação cinematográfica, conta a história de Don Vito Corleone, um chefe da Máfia nós Estados Unidos após a Segunda Guerre Mundial que controlou o crime organizado de forma empresarial acima da polícia e os governantes da época.
A história se passa em três partes.
Atentado a Don Corleone
Tentativa ou teórico acordo entre as famílias da Máfia Italiana
Pós morte de Don Corleone e seu filho assumindo a chefia das famílias.
Atentado a Don Corleone
Os líderes das outras famílias da Máfia Italiana atenta contra a vida de Don Corleone deixando ele no hospital.
Seu filho mais velho, Sonny, tenta comandar tudo e lidar com a possível vingança, eliminar os traidores do seu bando/família, e restabelecer a confiança das famílias que ainda estavam do seu lado.
Tentativa ou teórico acordo entre as famílias da Máfia Italiana
Após restabelecer a saúde Don Corleone tenta restabelecer a paz entre as famílias inimigas, mesmo com a morte de seu filho mais velho Sonny, claramente sendo vítima de um dos líderes dessas família.
O acordo, perdão e tentativa de paz entre as famílias faz gerar um respeito em Don Corleone nunca visto igual.
Pós morte de Don Corleone e seu filho assumindo a chefia das famílias.
Mas após a morte de Don Corleone o filho mais novo dele retorna da Itália com toda a vingança e planos guardados do pai para mostrar que a máfia não era lugar se perdão. E sim lugar de guardar tudo para agir na hora certa. As vezes aparentemente tarde demais.
Opinião
Introdução
O livro aparentemente político, com visões apenas machistas e politicamente anti-heroicos nos trás um ensinamento pedagógico, coach, de auto-ajuda mesclado com um romance novelistico que interessa-nos do começo ao fim.
Com um roteiro de tirar o fôlego do começo ao fim, cheio de estrategias roteiristicas para nos prender de um capítulo ao outro, com reviravoltas que nos surpreende a cada artimanha desse grande estrategista que é Don Corleone ou Mario Muzo.
O autor
A visão e ensinamentos são claramente pedagógicos introduzidos na história. Esses ensinamentos do livro vem de uma época em que ser um "homem" tinha outro significado.
Então: Não demonstrar ou falar o que realmente pensa.
Não perdoar ou esquecer ajudas e traições.
E o principal a visão feminina em uma gestão profissional não sendo de grande valia.
Não são ensinamentos que são do ético ou correto.
Sim. Você se guiando nesses termos vão ajudar a você a ir mais longe nos meio profissional ou até em relações pessoais. Mas até onde é esse "mais longe"?
Será que vale a pena você viver nessa maquiagem de dogmas para se dar bem do que você viver o que você realmente é?
Chorar quando tem vontade? Falar quando sente necessidade? Ver o que que. Ser o que quer ser. Sem ter que pensar no próximo passo como se fosse um jogo de xadrez.
No caso do personagem é óbvio que era para a sobrevivencia dele e da família no meio perigoso em que vivia. Mas é também claro os conselhos pedagógicos que o autor quis passar por essa história de como deveria ser um verdadeiro homem ou chefe de família.
Também procuro analisar se autor realmente queria falar isso, ou se não é uma extrema ironia para o personagem ter um aprendizado durante sua vida. Afinal de contas é um anti-heroi.
Mas o nível de admiração que o personagem passou a ter tanto no livro quanto graças ao projeto cinematográfico, me faz ver que seus conselhos e dogmas passou a ter uma relevância quase religiosa se formos analisarmos a dependência de outros trabalhos vinculados a essa obra, nos faz ver qual tamanho é o perigo de ideias concebidas em um trabalho, mesmo ele não revelando as reais ideias ou dogmas do autor.
Um personagem pode ser um líder político e revolucionário mesmo que tal autor não seja.
Protagonistas
Don Corleone é um protagonista que devemos perdoar pela sua história triste? Precisa de perdão?
A história em si não centraliza nos crimes ocorridos para ele manter seu trono. Mas deixa claro em meio as falas mansas e discursos sobre família e honra que coisas ruins aconteciam por de baixo dos panos. Não devemos tornar herói um anti-heroi. Esse é o perigo que busco alertar nesta resenha.
Os personagens de seus filhos reafirmam o tempo todo essa honra desmedida sendo que ajustada a alguém que não era tão honrado assim.
Devemos lutar de forma justa diante e mudando as leis e não nos tornando anarquista diante de regras estabelecidas pelas sociedade para manter a ordem.
Sim, não podemos ser hipócritas e pensar que no cotidiano não tem injustiças, falcatruas e corrupções permissivos por essas leis. Mas se a personalidade de Don Corleone não fosse usada para essas mudança. Será que ele não seria um líder político revolucionário que ajudaria a mudar o pais que ele revoltava tanto.
E dentro de seu governo utopico? Será que não existia também sua corrupções, tramóias e injustiças.
A cena da empregada na Itália mostrou isso.
O livro ganha bastante por meio de seus inúmeros, pode se dizer protagonistas, variando diantes dos vários capítulos. Vemos cenas memoráveis e inesquecíveis. Romances bombásticos e cenas quentes brilhantes. O autor soube temperar muito bem sua obra com um pouquinho de cada.
O que não gostei
Agora o que foi cansativo no livro foi a parte administrativa do reinado de Don Corleone, como a Máfia agia para realizar seus planos.
O autor quis ser muito minucioso nos detalhes de cada diálogo que levava a uma tramóia de um assassinato ou castigo se seus inimigos ou até mesmo os prêmios das pessoas que o ajudavam.
A edição que peguei o livro tinha a gramatura muito pequena, deixando textos enormes nas páginas.
As divisões dos capítulos até que ajudavam.
Outra parte complicada foi a pedagogia excessiva do livro querendo passar um ensinamento meio Coach.
O tempo todo temos a impressão de quem pensa diferente da forma de agir de Don Corleone é um babaca.
O autor introduz de verdade aquele ensinamentos de quem é bom é bobo.
Claramente não me identifiquei com essa ideia e com os personagens protagonistas.
O único que me vi um pouco foi no filho mais novo, Mike, que no fim do livro acabou, mudando a forma de pensar e se tornando o novo Don Corleone.
O final
A forma que foi dividido o livro foi muito inteligente. Vemos praticamente três livros, que deixa menos cansativo ou pesada a leitura.
Quando chegamos ao final do livro, como falei, não me identifiquei com os personagens protagonistas ou coadjuvante mas temos uma curiosidade terrível de quem seria o traidor ou o fiel escudeiro dos Corleones.
A morte do Carlo Rizzi, foi muito bem escrita e de tirar o fôlego.
Conclusão
Um livro com desculpas para ensinamentos Coach, que graças ao talento do autor trouxe um romance muito bom, mas que porém não podemos levar suas ideias para o dia a dia. Afinal de contas são as ideias de um chefão da Máfia.
Nota ⭐ ⭐ ⭐
Comentários
Postar um comentário