A luz através da janela - Lucinda Riley

 


Resumo

Emilie de la Martiniere acaba de perder a mãe e como herança recebe a mansão da família com os livros raros do pai. 

Para avalia-los conhece Sebastian Carruthers, que se apaixonam e se casam rapidamente. Ela indo morar na mansão dele que ele vivia junto do irmão deficiente físico paraplégico. Sebastian sempre fala para a esposa tomar cuidado com a manipulação do irmão Alex. 

Quando Emilie vai a mansão  que herdou da família, para reforma-la descobre que a família de seu recém-marido e dela tiveram uma triste historia durante a segunda guerra mundial em comum. 

A avó de Sebastian e Alex foi uma espiã inglesa que ajudou na luta contra os alemãos durante a segunda guerra mundial e se hospedou na casa do pai de Emilie para se salvar. E acabou tendo que cuidar da irmã cega de Eduard, pai de Emilie, disfarçados de alemães. 

Nisso Sophie, a irmã cega, se envolveu e se apaixonou por um oficial alemão, Frederick. Frederick apesar de ser oficial alemão, não acreditava nos seus ideais. 

Só que ele tinha uma irmão gêmeo malvado, que também era oficial e se encantou por Connie, avó de Sebastian e Alex. 

Enquanto Sophie vivia os amores, mesmo sendo cega e estando em tempos de guerra, Connie, manipulava a sedução de Falk, irmão de Frederick. 

Quando, após o último ataque dos alemães, Connie e Sophie tiveram que fugir, com Falk descobrindo tudo e torturando e estrupando Connie, a fuga acontece deixando Edouard para trás. 

Connie e Sophie fogem em uma Alemanha invadida e perigosa pela fim da guerra, com Sophie cega e agora grávida de Frederick. 

Ao chegarem ao local, que nos dias atuais é a propriedade que Emilie reformava, Connie e Sophie se encontram com Jacques que as ajuda a sobreviverem escondidas naquela região enquanto terminava a segunda guerra mundial. 

Frederick consegue rever a amada Sophie mais uma vez antes dela ter o filho. Mas o irmão, Falk, por inveja, o segue e tenta o mata-lo. Connie o impede o matando. 

Frederick foge para proteger Sophie, a filha e Connie, pois ele sendo alemão, nem um lado nem o outro iria o ver com bons olhos. 

Só que, Sophie, ao ter a filhinha, morre alguns dias após o parto.

Édouard após reencontrar Connie e a sobrinha fica chocado com a história e não quer a sobrinha, pedindo que Connie a deixe em um orfanato. 

Connie querendo voltar para seu marido,  com a guerra terminada, não podia ficar com a menina. 

Então ela o deixa no orfanato. Mas o empregado da mansão, Jacques, com dó de deixar a menina em um orfanato pós-guerra, o que era morte certa pra criança, pega ela e a entrega para um moça pobre da região criar. 

Édouard, que tinha os livros raros, como investimento de sua fortuna lhe dá um livro para cuidar da adoção da criança. 

Anos após, Emilie, sabendo da história por Jacques aos poucos, vai descobrindo, também que seu marido Sebastian se casou com ela por interesse, atrás dos livros raros de seu pai, que valia milhões.

Ela também acaba conhecendo melhor Alex, e vendo que ele sabia se virar muito bem como cadeirante e era muito bem instruindo e inteligente que Sebastian.  E Sebastian tinha inventado grande parte da historias ruins do irmão gêmeo. 

Por fim, ela ainda descobre um caso extraconjugal do marido dando fim ao relacionamento. 

Em vez de se aderir a dor Emilie, se dedica a reforma da mansão da família e ao carinho por Anton. Anton é filho de uma moça humilde da comunidade que se encantou pelos livros raros do pai dela se forma estritamente cultural. 

A mãe de Anton acaba adoecendo e morrendo. Emilie, que não podia ter filhos, adota o menino. E logo sabemos, em meio a história de Jacques, que o menino na verdade é filho, da filha de Sophie. Ou seja, neto da Sophie. 

Emilie então adota o menino, que é seu primo de segundo grau indo morar naquela propriedade. E para finalizar, ainda vence seu medo de ofender Sebastian e chama Alex para morar com eles na mansão. 

Opinião 

O meu terceiro livro lido, escrito por Lucinda Riley, me encantou como os outros dois já lidos. 

Suas histórias mirabolantes, cheia de camadas, história e sentimento nos faz viajar por propriedades que me encanta e me faz ver como o tempo e decisões definem nosso destino. 

Me encantou pela caridade de sentimentos contendo suas protagonistas. 

Especificamente nessa história vemos duas que nos fazem viajar por emoções inimagináveis. Emilie e Connie passam por tantas coisas e num controle tão perfeito de honradez e de puritanismo, variante das outras história que li, que nos inspiram a lutar pelos desafios do nosso dia a dia. 

Vejo um ideal de bondade que me lembra os livros espíritas e me faz ver que vale a pena sim ser bom. 

E mesmo com tanto puritanismo a história não é chata. Vemos a maldade e os defeitos dos coadjuvante fazendo a trama se locomover de um jeito que nos deixa sem ar. 

Falar da índole de pessoas tão complexas de uma forma tão natural é algo tão natural para autora que nos reflete no mundo que vivemos e nos ensina a lidar com seres assim. 

Falar sinceramente e ser correto. Essa é a ferramenta para ter um final feliz como nos livros da autora.

O romance na história fraqueja um pouco. 
Não vejo muito na história.
Temos de Emilie e Alex, mas é algo mais construído tão aos poucos e na forma de amizade que nem dá  para definir se é mesmo um romance. Acho que apenas no final. Mas o mistério e nossa ansia de saber se Sebastian realmente é uma pessoa ruim, é algo tão latente durante toda a leitura que não sentimos falta do romance. 

Os horrores da segunda guerra narrados na história não são novidades para mim. Mas Lucinda nos trouxe um outro lado da batalha que não era da frente da batalha. Falou das pessoas que sofreram os horrores, mas que, por não levarem tiros, não foram vistos como tão terríveis assim. 

Me lembrou muito E o vento Levou... E a série O Século. 

O final foi muito bonito, surpreendente e de arrepiar com o filho da empregada se revelando ser o descendente perdido dos de la Martinieres. Como que esse carretel de histórias se desenrola para o simples garotinho recebesse a herança merecida. 

Adorei a frase do subtítulo.

Conhecer seu passado é a chave para libertar seu futuro. 

Um livro que nos trás ensinamentos de como lidar de frente com as verdades nos faz ter um futuro melhor. 
Lucinda Riley pode se tornar uma das minhas autoras favoritas? Acho que já se tornou. 

Nota 4,5⭐



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