Resumo
No filme A viagem de Chihiro conhecemos Chihiro, uma garota que viaja com os pais de carro para a casa e a cidade nova aonde vão morar. Mas o carro dá problema e eles atravessam um portal e vão parar em um universo fantasma onde de início não se vem ninguém.
Os pais de Chihiro acabam comendo uma comida oferecida aos espíritos e viram porcos.
Chihiro aconselhada por um amigo, Haku, vai trabalhar para uma casa de banho, aonde a chefe é uma bruxa.
Chihiro, permite que um espírito guloso entre na casa de banho e apavore a todos, de início fazendo todos acreditarem que era bom dando ouro em troca de comida. Mas logo o fantasma começa a devorar os funcionários.
A bruxa, dona da casa de banho também é má e escraviza Hoku, para fazer coisas ruins, inclusive roubar um selo poderoso da própria irmã gêmea.
Chihiro devolve o selo para a irmã da bruxa e recebe o perdão dela. Hoku e Chihiro são livres e podem voltar ao mundo real libertando até os pais da Chihiro.
Opinião
A história desse filme já é mundialmente conhecida e era quase uma obrigação ve-lo. Porém realmente a imagem e ambiente da história parecia lenta. Tendo o filme duas horas também não era cativante.
Mas com tempo de sobra para poder apreciar o trabalho tomei coragem. Meus filhos também já terem visto sozinhos e gostado de outros trabalhos do estúdio que desenvolveu a animação também me fizeram tomar coragem para encarar o desafio.
Não sei se por ter tempo disponível para apreciar o trabalho já de início gostei da imagem da história. Desenhos de fundos bem feitos e bem detalhistas chamam atenção. É criativo e deu voltando de pesquisar alguns detalhes da decoração da cenografia para a nossa própria casa.
Claro que as grandes metáforas da história desanimam um pouco ao longo da narrativa, se a gente querer um roteiro mais definido. Mas dá para você encarar sim como um roteiro fixo e sério em meio a tantos monstros mirabolantes.
Cada monstro e personagens são muito criativos, é um trabalho que realmente merece prêmio a qualidade e o cuidado com cada personagem coadjuvante. Dá muita vontade de saber as histórias separadas desses personagens e mundo criado.
Cada frase ou cena do roteiro parece que tem algo por trás que deveríamos saber a mensagem por trás mas não sabemos. Isso irrita um pouco durante a história. Mas se ignorarmos e vermos a história como sendo bem lúdica mesmo, dá para apreciar.
A Suzana, minha filha de oito anos, soube reconhecer que o filme falou sobre a importância de reconhecer quem somos para lutar contra as adversidades da vida.
O Leony, de cinco anos, teve a parte favorita em como Hoku vira dragão e voa coma Chiriro.
O fantasma meio vilão meio amigo é muito assustador. Novo pavor desbloqueado.
Agora, o que consegui ver em meia a metáfora do filme foi realmente a mudança na vida de Chihiro para a vida diferente que estava acostumada. Entre medos do novo, ter que trabalhar para se sustentar. A tranquilidade dos pais de verem aquilo tudo e achar que tudo é normal ou que não viram nada de estranho.
Adorei a vilã Yubaba, o seu estilo vintage vitoriano e até a decoração do seu escritório me fez admira-la. A forma dela virar uma gralha e voar é um show de criatividade.
O final da história foi mais conclusivo que achei que seria para uma história tão psicodélica como essa. Pensei que o final ia ser mais tipo Alice no País das Maravilhas e ponto. Mas não. Fecharam direitinho.
Uma história que surpreende como sua complexidade de qualidade e mesmo assim continua agradando as crianças. Basta perdemos o medo e o preconceito por ser definido como cult ou premiado.
Nota: 3,5⭐
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