No 12° e último conto do livro Sertão sem fim de Bariani Ortencio temos o conto mais longo do livro que fala da história de Limírio que cresceu sem pais e criado por dona Conceição.
Ela tinha outro filho, Zé da Conceição, que cresceu e virou um sujeito muito mau.
Para se vingar de um coronel, ficou sabendo que ele tinha uma família bastarda, em um casebre no meio do mato. Judiou da filha, na frente da mãe, amarrada e deixou o filho aleijado. A menina não sobreviveu.
O coronel ficou sabendo de Limírio, que já tinha feito serviço de lavagem de honra do patrão, irmão do coronel, de forma honesta e seria. E o chamou para dar cabo de Zé da Conceição, seu irmão de criação.
No início Limírio não queria não. Mas ficou sabendo que a mãe que lhe criou, mãe de Zé da Conceição, morreu de desgosto do filho de sangue ser tão mau.
Aceitando o serviço recebendo de pagamento a roupa nova do coronel, a arma para cometer o assassinato do irmão de criação e um cavalo.
Encontrou o Zé, em um bar, e pela algazarra que foi feito no bar, com Limírio disfarçando a ordem que tinha, Zé queria comemorar o reencontro dos irmãos. Mas logo Zé informa que sabia o verdadeiro motivo do irmão estar ali. Era para vingança do coronel, dono da roupa que ele usava, e que eles iam comemorar em grande estilo no bar.
Mas Zé usou da comemoração para assustar a todos com seu jeito bruto, chamando atenção da polícia da cidade. Resultado foi que até Limírio foi preso.
Brigando na cadeia, Zé, foi liberado um dia antes de Limírio para não ter morte na cidade, pelo pensamento do delegado. E para atrasar ainda mais o protagonista ainda deu um purgante pra ele tomar e dar tempo de Zé fugir, não sabendo o mau elemento que ele estava deixando escapulir.
Zé acabou achando a casa do delegado que tinha ficado com o cavalo e as roupas do coronel, roubado de Limírio. O matou quando ele estava em cima da mulher, no ato do vamos ver, e abusou ainda da mulher em cima do corpo do delegado.
Zé foge e Limírio atrás dele. Depois de um longo, mas longo caminho mesmo, Limírio finalmente alcança Zé tocaiando ele após benzer uma bala na igreja, para poder matar o abençoado que Limírio descobriu até ter o corpo fechado.
Na hora da tocaia e levando o tiro Zé roga pela mãe morta. Limírio não aguenta e chora no corpo do irmão morto.
O último conto do livro é melhorzinho apesar da enrolação e encheção de linguiça. Parece um daquele filmes do Van Damme ou Steven Segal.
Mas enrolação era muita. O caminho até Limírio conseguir matar o irmão malvado ele passa por várias cidades do interior de Goiás. É bom a descrição das cidades e do interior, mas é muitas páginas para chegar ao final.
O final foi definitivo e o esperado. Não decepcionou, mas também não surpreendeu.
Acho que o final ficou até melhor pela sensação de vitória de ter terminado primeiramente o conto muito longo, e depois o livro que continha os contos bem chatos.
As camadas reveladas da personalidade do protagonista ao longo da viagem é bom.
Gostei da honradez dele e por ele ser bom mesmo tendo o serviço que tinha.
Mas não chega a deixar o conto bom.
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