Anna Karienina - Liev Tolstoi


 Resumo 

No livro de Anna Karienina escrito por Liev Tolstoi somos apresentados primeiramente a família Oblonski. 

Stiva Oblonsk trai sua esposa e ela descobrindo deseja a separação.  Para lhe perdoar Stiva decide trazer sua irmã para colocar luz a cabeça da esposa. 

Essa irmã é Anna Karienina. Anna Karienina é casada e vem para aconselhar a esposa do irmão a perdoa-lo pela traição. 

Mas quando chega, se apaixona por Vronski. 

Vronski era pretendente de Kitty. Kitty que esperava que Vronski a pedisse em casamento a qualquer momento mesmo Lievin sido apaixonado por ela desde a infância. 

Os pais de Kitty prefiram muito mais Vronski do que Lievin. Pois Vronski era soldado, vivia na cidade e tinha uma visão política e religiosa bem mais parecida com eles. 

Lievin era fazendeiro e não era religioso. E quando recebe a negativa de Kitty para se casar vai para fazenda e se dedica a fazer seu patrimônio prosperar surpreendendo a todos transformando seus funcionários em sócios. 

Eles passam a se dedicar mais ao serviço do que quando eram assalariados, pois estavam trabalhando para prosperar algo que eram deles. 

Enquanto isso Kitty se deziludia de Vronski quando descobre o caso dele com Anna Karienina. 

Anna Karienina não aceita ter um amante de conveniência e quer se entregar loucamente para esse amor. O marido, Aleksiei, faz de tudo para manter a honra da esposa, mas ela está perdida em meio a loucura do relacionamento com o soldado. 

Mas quando, após abandonar até mesmo o filho pelo relacionamento com o amante Anna Karienina se vê engatada na rotina do dia a dia, percebe que o ciúmes e a loucura não estava no relacionamento e sim nela. 

O ciúmes e o medo de perder Vronski pela rotina do dia a dia faz ela se matar, se atirando na frente de um trem. 

Kitty, após sofrer com a perda do pretendente, se dedica a ajudar enfermos em um hospital. 

Quando Lievin descobre que Kitty estava solteira ainda, não pensa duas vezes e vai atrás da amada da infância. 

Os dois se casam e ficam muito felizes. No fim, ele percebe que a religião era importante também em meio a racionalidade da vida social, profissional e principalmente familiar. 

A família Oblonsk se perdoam. Mas sempre com Stiva dando suas puladas de cerca. 

Opinião 

Já tendo lido o livro Guerra e Paz sempre fiquei curioso com Anna Karienina. Porém parecendo distante o momento de ler o dito cujo, de repente, em um dia, resolvo pega-lo fora de rota e sem planejamento. 

Me assustei com a quantidade de páginas. Porém estava em um momento perfeito para enfrentar o desafio. 

Pensei que o desafio ir ser maior. Pois o monstro da palavra "Literatura Russo" era apavorante. 

Mas logo que comecei a ler a narrativa de Tolstói, lembrei, da forma novelistico, e clara que ele coloca em suas obras. É fácil se envolver e se ver em meio as cenas elegantes da corte daquela época. 

Sim. Tem muita embromação em relação a política, filosofia e religião. Mas os escândalos estilo Downton abbe, são inúmeros no livro e faz a gente se desenvolver rápido nas mil e tantas páginas. 

O romance louco de virar a cabeça de Anna Karienina me lembrou muito da novela Amor Proibido. A protagonista se tornar uma anti-heroina e logo antipática. 

Eu passei a compadecer de suas vítimas. Seu marido e seus filhos. E no fim, até do amante. 

Apesar de a cena dela reencontrando seu filhinho ter sido tocante. 

Mas nos cativamos por vermos até onde Anna Karienina iria por tanto amor. E me surpreendeu muito, e me chocou seu final. Não esperava ver a narração de sua morte de forma tão clara e tão bruta. 

Aleksiei, me pareceu não ser querido pelo autor. A todo momento os outros personagens não gostavam dele. Sendo que só vi ele lutando para sair dos problemas que Anna lhe causava da melhor forma possível. Parece que a sociedade não queria o correto e o justo. Parece que a sociedade queria o podre e a loucura. Queriam do que pudesse falar. 

Vi o autor querer mostrar os contrastes entre as várias formas de relação. 

Os Oblonsk, era o casamento de conveniência. Dolly aceita que o marido era infiel e passa a dedicar seu amor e toda sua servidão a seus filhos. Stiva, agindo com ironia e humor diante de seus pecados não é julgado. O casamento se mantém sem nenhuma fissura. 

Logo temos também o casamento de Kitty e Lievin. Tão fofo, tão lindo. Mas Lievin tem que abrir mão da visão machista da época e dando espaço para a esposa ser quem ela era. 

A cena dela tomando a frente e cuidando do irmão dele doente é impagável. 

Por fim temos da insatisfação de Anna tanto com o marido, quanto com o amante. Uma insatisfação constante que vejo que não era com o Aleksiei ou Vronski, e sim com ela mesma. Com sua autoestima. 

Os diálogos do livro são muito fortes. 

Os personagens demoram demonstrar seus sentimentos em meio as inúmeras etiquetas da época. Mas quando mostram, são de rasgar o coração. 

Um livro que demonstra emoção de relacionamentos em meio a etiquetas da época, política e muita religião. 

Nota: 3,5⭐



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