No sexto conto do livro Sertão sem fim de Bariani Ortencio vemos o sofrimento de Cristino, sacristão da igreja católica da cidade que sofria ao ver a cidade tomada por outra religião, a umbanda.
Toda preocupação parecia não estar também no padre que só com um sermão no domingo achou que já estava fazendo sua parte.
A não barragem do padre na nova religião da cidade pareceu trazer, segundo Cristino, um nível mais baixo ainda da religião espírita, a quimbanda.
Nesse nível a artimanha para manipular a vida do povoado que já estava todos fiéis a nova religião e ia no domingo de manhã na igreja,a adoração era descaradamente o demônio.
E seu líder era o Chico, adotado de casa do doutor mais respeitado da cidade, Fortunato.
Pressionado por Cristino, o padre foi falar com Fortunato que demitiu o Chico e o expulsou de casa.
Chico ficou sabendo quem era o culpado do início de tanta cisma e pegando o Cristino em uma madrugada que acordava para cuidar da igreja para a missa da manhã, matou-lhe dando um coro.
Anos após, o padre, querendo homenagear, alguém que tanto cuidou da fé da cidade, foi mudar o corpo de Cristino para um túmulo mais bonito. Mas as ossadas tiradas, deu problema no túmulo novo, e Cristino teve que ficar a ar livre por uma noite para a outra.
E foi justamente quando Chico, que tentava fundar a quimbanda novamente na cidade procurava uma caveira para colocar no altar. E foi justamente a caveira de Cristino que foi achada, como se fosse uma providência Divina, pela facilidade que Chico levou.
Mais uma vez o final não me agradou. Apesar do preconceito de Cristino, da fé alheia, ele queria cuidar da salvação divina dos moradores da cidade. E se tornar vítima do que tanto lutava contra após morte, quando não podia fazer nada, achei de uma injustiça danada.
As cenas são bem descritivas, o que foi um ponto positivo. O conto é longo, e ficamos curiosos para saber como iria acabar o embate de Cristino contra o mau que assolava a cidade.
Mas realmente o final me desagradou.
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