No livro "Bem-vindo a livraria Hyunam-Dong" escrito pela escritora Sul Coreana Hwang Bo-Reum, conta-se a história de Yeongju, que vítima da doença Burnout, abandona carreira e o casamento para realizar o sonho de abrir uma livraria no bairro Hyunam-Dong.
Inicialmente pensando que a livraria iria se estruturar sozinha Yeongju se vê em volta de pessoas amigas que a ajudam a ver que apenas com projetos bons e se dedicando realmente ao café/livraria ele poderia ter sucesso e se manter firme por mais do que o um ano previsto. Nesse crescimento ela conhece amigos em meio aos funcionários, clientes e o grande amor em um dos escritores convidados para uma palestra.
Minjum é um dos funcionários das livraria responsável pelo café, que pressionado pelos pais para ter um profissão de auto sucesso, acaba indo contra o que eles querem, encontrando a felicidade fazendo café na livraria.
Jimi, a fornecedora dos grãos do café feito na livraria descobre ao longo da vivência com Yeongju e Minjum, que o seu casamento desastroso não precisaria ser eterno e se manter em uma relação desestruturada não era sinônimo nenhum de felicidade. E ela nem precisava ter uma relação amorosa para ser feliz. Ela tinha que ser feliz por ela mesma.
O livro trazendo um tema tão "na contra mão" do que muitos outros livros nos mostram hoje em dia, fala em como o estar feliz com o que temos é melhor do que procuramos a felicidade utópica de um possível sucesso.
A busca pelo prazer momentâneo é a única certeza da felicidade. Não, que não devemos lutar por nossos sonhos, mas lutar pela felicidade enquanto estamos caminhando até lá.
Yeongju lutava todos os dias para sua livraria ter o sucesso necessário. Mas aprendeu a não se expressar e aprender a viver o momento.
O livro é quase pedagógico para aprendermos a ver esse momento. Não chega a ser auto-ajuda. Mas o chamado literatura de cura.
Em relação ao amor, a busca incessante por um parceiro perfeito, será mesmo necessário? Podemos achar a felicidade em amigos e em até momentos felizes. Devemos sempre estar abertos para um envolvimento mais significativo com alguém. Mas no momento que estivermos nos sentindo maus devemos estar dispostos a abrir mão de uma fantasia de que aquela relação é infinita.
Não acho que sejamos descartáveis ou que o livro aconselha isso. Mas devemos sermos felizes.
Acho que o livro de resume a isso. Nos obrigamos a sermos felizes independente do local aonde trabalhamos ou com quem estamos.
Nota: 3, 5 ⭐
Comentários
Postar um comentário