O livro de Oliver Twist de Charles Dickens nos trás a história do órfão que oprimido pela sociedade que deveria o proteger, que no caso, era o órgão do governo da época que dava abrigo aos pobres, vai parar na rua aos doze anos, sendo visado por indigentes que sobrevivam a base de pequenos e grandes furtos no meio da cidade grande.
Mas graças a índole de Oliver, ele foge das mãos dos bandidos indo parar nas mãos de ricos de bons coração como o Sr. Browles, que por intérpretes do destino acaba sendo conhecedor da origem de Oliver.
Mas antes que Sr. Browles pudesse fazer qualquer benfeitoria para ajuda-lo, Nancy, uma das moradoras de rua, acaba o tirando do lar afortunado e voltando para as ruas. Agora nas mãos do pior de todos. Sikis vê a pequenes do jovem Oliver como instrumento para roubar duas senhoras.
Sendo que Oliver vítima de sua boa índole alerta as vítimas antes do roubo e assassinato acontecer. Fazendo dele mesmo vítima da defesas dos empregados da mansão. Oliver acaba levando um tiro, mas sendo cuidado por Rose, uma das donas da casa mau sabia que estava selando o destino dele com as coincidências da vida.
Rose era sua tia.
Seu pai se apaixonando por sua mãe, larga a primeira esposa para ir viver com a amada. Mas o destino não quis que o amor dos dois vingasse além do fruto que era Oliver. O pai dele morre deixando a mãe desamparada e a família desgraçada pela má fama da filha foge.
A mãe dele tem Oliver no abrigo. O irmão por parte apenas de pai sabendo de tudo paga os indigentes para mante-lo na pobreza e na miséria e nunca recorrer a herança.
Sr. Browles, que era amigo da família, que desmistifica o mistério.
Os colegas ladrões, cada um recebendo o castigo devido.
O livro de Oliver me surpreendeu por trazer tanta miséria e dor em meio a um protagonismo inexistente que foi o de Oliver. Usado apenas como pano de fundo para mostrar o poder da boa índole, do desmerecimento da miséria, não do social, mas da alma, Oliver nos mostra como o destino se trama diante do intolerável. A vil desculpa de ser ruim por mérito da condição financeira.
O sadismo da história mostrando uma dor horrível e mesmo a persistência do garoto em se manter firme em sua índole mostra que trás bons frutos.
Mas para chegar a tal destino o autor mostrou uma infinidades de desventuras que não condis com um final feliz.
Nancy também era boa e causou uma morte monstruosa que tira qualquer ideia de ser Oliver um conto infantil.
As ideias de tanta maldade não trouxe um ensinamento em si pra mim. Era prazeroso para o autor nos causar repugnância diante dos fatos ocorridos primeiro com o menino e depois o castigo dos colegas moradores de rua.
Me lembrou Uma Vida Pequena.
Tanto que seu prazer é notado no fato dele fixar a história exatamente nos pontos duidos e não na felicidade de Oliver em viver na vida melhor.
Após a sua transição o foco do autor passa a ser o final tão terrível dos bandidos.
Ok. A ideia foi recebida. O crime não compensa. Mas a tal preço.
Gostei do detalhamento que teve cada personagem. O cuidado com cada coadjuvante pelo autor foi louvável.
Nancy, Charlotte e Noah, Embusteiro/Raposo, todos tiveram seus finais devidos e bem lapidados. Mesmo que ruins. Mas ouve um cuidado com cada um.
Achei que a investigação e a revelação sobre o verdadeiro caso de origem da vida de Oliver que movimenta a trama. Poderia ser apenas mais revelador o mistério, para termos esse mistério a ser mais entretenimento para andança do livro. Mas não. A forma que foi feita, fez entendermos aos as camadas dos personagens, mas deixou chato o roteiro em si.
O final como falei foi bonito pela conclusão em si. E não pela realização. Ouve um final feliz, mas foi desenhado com uma trama que me deixou triste e deprimido. O rico vale mais que o pobre. Essa é a mensagem que acabou ficando.
Nota ⭐
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