O terceiro livro da série Os relatos da Guerra das Tempestades continua a história do líder político Dalinar, agora, tentando viver com os refugiados da guerra das Tempestades, no reino antigo de Urithiru, em que eles se refugiaram após a rebelião dos parshedianos, antigos escravos e servos deles, que receberam os espíritos dos antigos Deuses deles, obtendo inteligência e um poder extremo em meio ao início de uma segunda onda de tempestades mais poderosa que a primeira que costumava a acontecer a região, e que destruiu qualquer forma de defesa dos protagonistas.
Dalinar agora, tenta unir o povo e os outros líderes políticos mostrando para eles que as visões que ele teve sobre esse apocalipse que os Deuses antigos e bonzinhos mostraram pra ele, a tempos atrás, era real. E tinha que unir os povos dos outros reinos para usar os portais mágicos que levavam para Urithiru.
Isso une esses líderes. Mas falta um reino que está em silêncio. O de Kolin, reino da antiga moradia de Dalinar, seu irmão, antigo rei e que Elhokar, novo rei, deixou a esposa com o filho pequeno.
Dalinar envia Kaladin, Adalin e Shallan para investigarem o que aconteceu.
Chegando na cidade de Kolin, Elhokar, Shallan, Adalin e Kaladin, descobrem que a rainha estava sendo possuída por um tipo demônio e dominando toda a cidade. O Elhokar, o rei, é morto.
Shallan, Kaladin e Adalin, para escapar, vão parar no reino do supremos quando tentam atravessar o portal de volta para Urithiru.
Enquanto isso em Urithiru, Dalinar, começa a relembrar de sua falecida esposa.
Ele, por vingança de antigos inimigos que ele tinha tido misericórdia e deixado com vida, acaba matando sua esposa por acidente. E para conviver com isso, viaja para a casa de uma antiga bruxa, e pede pra ele, para esquecer essa dor. Para esquecer essa dor ele teria que esquecer totalmente de Evi.
Então toda vez que Dalinar ouvir o nome da esposa, não ouve nada, e a lembrança dela foi totalmente apagada. Até aquele momento.
A união dos reinos é abalada quando nos relatos antigos achados em Urithiru, se descobre que na verdade os humanos são os invasores daquele mundo. Os parshedianos e os "demônios" e os "anjos" na verdade são os nativos. Os humanos invadiram e tomaram aquela região.
Então, quem era os errados e os certos da história? Isso divide os povos.
Meridas Sadeas, inimigo mortal de Kaladin, que quando foi seu líder do exército sacrificou seus súditos para ficar com a espada fractual, se mostra ser o traidor.
Se entrega para Odiun.
Odiun, é tipo o Anticristo desse Apocalipse. Ele mostra ser o Deus vingativo que queria tirar os humanos do poder, devolver o poder aos moldadores, que são os parshedianos, com os espíritos dos antigos "demônios".
Odiun que não verdade estava tentando manipular Dalinar, devolvendo as lembranças sobre a esposa dele, e fazendo acreditar que ele não merecia o reinado.
Mas Dalinar percebe que a culpa pela morte da esposa transformou ele em uma pessoa melhor. Que ele merecia o reinado e os humanos o reino aonde viviam.
Assim, Dalinar, consegue se erguer e voltar a lutar pelo reino, os humanos e contra Odiun e parshedianos e os moldados.
Odiun usa todos os monstros possíveis para destruir Urithiru.
Mas Dalanir propõem a Odiun um combate de guerreiros. Meridan engolindo uma pedra poderosa e virando um dos "demônios" mais poderosos.
E Kaladin, Shallan e Adolin saem do mundo dos espctros para serem o guerreiro de Dalinar.
Shallan usa suas ilusões para distrair os outros guerreiros parshedianos e moldadores.
Adolin enfrenta os monstros criados por Odiun.
E Kaladin é o guerreiro contra Meridan.
Eles se enfrentam em uma batalha mortal. Kaladin ganha.
Agora Dalanir com o prestígio renovado por ganhar a batalha contra o próprio Anticristo a união do reino é renovada. E eles podem se preparar contra as próximas batalhas contra Odiun.
Shallan se casa com Adalin, não com Kaladin.
A série Os relatos da guerra das tempestades nos trás no terceiro volume muito, muito, muito. Muito bom. Mas é "MUITO".
Brandon Sanderson trás um roteiro de tirar o fôlego. E realmente eu me senti sem fôlego durante os 25 dias para ler esse "pequeno" calhamaço. E temos. Temos que nos afogar nesses mundos para entender e apreciar cada cena, batalha, drama, filosofia e romance que temos.
O roteiro, por mais que seja muito complexo é mantido em uma rotina que nos ajuda a nos aproximar cada vez mais, por mais e mais camadas de cada protagonista e coadjuvante que existe na série.
Somos transportados para seus problemas políticos e pessoais em cada capítulo. E nos vemos dentro desses personagens. Que são inúmeros.
Critico somente que em cada história de cada personagem temos que identificar os outros personagens por estarmos conhecendo eles a cada plano de visão. Isso torna difícil e irritante o que cada um está fazendo e o que em cada fase.
As vezes três ou quatro personagens era apenas um, com identificação diferente por cada protagonista.
A aventura, regras de magia e mundos criados são fantásticos e ficar elogiando isso é aumentar um ego que já existe gigantemente. O Brandon Sanderson sabe que é bom nisso.
Mas temos a filosofia desse livro. A "Índole".
Acho que escrever sobre esse tema desse livro geraria outro livro.
Brandon Sanderson usa realmente esse tema pra servir de trilho para desenhar todas as 1573 páginas.
Como em uma guerra definimos quem é certo e quem é errado? Como estabelecemos misericórdia? Como o invasor pode definir dogmas corretos diante da opressão de um povo nativo?
Brandon Sandersons claramente usa seus personagens mágicos para metafórizar os desbravadores pelos povos nativos na América.
Como podemos definir que temos algum direito? Odiun usa isso contra Dalinar, que tinha aquele espírito de Super Herói, querendo fazer as coisas corretas e descobre que não tem como ser correto.
E aí? Se entrega para o inimigo?... Quando o inimigo está correto.
Temos nisso também a visão do Homem, Branco, Hetero, oprimindo Mulheres, Negros e Homossexuais tendo abrir mão de espaços que não estavam acostumados desde então, para que o justo seja feito. Será que vai ser assim que Brandon Sanderson definirá os atheanos definiram os parshedianos com os direitos corretos devidos deles?
Como se não bastasse toda essa profundidade de filosofias, questões sociais, Brandon Sanderson ainda nos faz sonhar com esse triângulo amoroso.
Shallan, nossa protagonistas, agora se dividindo cada vez mais em personalidades loucas e que a ajudam em suas missões mirabolantes, também se divide entre Adolin, o modelo de príncipe encantado e Kaladin, jovem guerreiro, poderoso e forte que vai até o fim para fazer o bem doa a quem doer.
Eu sou do time Adolin♥️Shallan.
Mas eu queria ver o Circo pegando fogo com o romance com Kaladin também finalmente acontecendo. Brandon coloca o mel na nossa boca e tira. Ele é muito mau.
E os coadjuvantes são incríveis. A continuação da história dos carregadores de ponte é sensacional.
Teft, Sigzil e Rocha é o máximo.
Moash é tremendo FDP.
As batalhas são incríveis. Parece que vejo tudo plano a plano. Cada soco, golpe de espada, flechada, vemos tudo.
Os monstros me davam pesadelo.
A cena da rainha cantando no corredor, possuída, parecia aqueles filmes de terror. A morte de Elhokar foi traumática, abraçado ao filho.
O final, com a luta de Meridan contra Kaladin foi perfeita.
E... Eu quero muito ler o próximo livro. Mas estou muito cansado.
Vai ser difícil recomeçar a ler a série. Mas dei conta de recomeçar agora. Vou conseguir de novo depois.
Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐♥️
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