A cidade de Bronze - S. A. Chakraboty


 

Resumo 


O primeiro livro  da série escrito por S. A. Chakrabort, A cidade de Bronze conta a história de uma jovem, Nahri pobre, moradora de rua, que ganhava a vida curando pessoas e ganhando seu dinheiro usando um poder misterioso que tinha. Ela não se lembrava de onde era e nem de onde vinha. Um de seus poderes era conhecer qualquer língua falada pelo povo que curava ou enganava. 

Quando resolveu cantar um cântico de uma linguagem da qual ela não lembrava de onde para curar uma garotinha Nahri acaba invocando um gênio antigo, Dara. 

Ele a salva do gênio do fogo, um espécie de espírito ruim, que incorporou na garotinha e a leva para o universo dos gênios, no qual Dara revela a Nahri sua verdadeira origem. 

Descendente de um povo da nobreza, ela deveria voltar a seu reino para lutar pelo poder que estava sendo governado pelos Qahtani, usurpadores e que dominava a todos por um suposto processo de paz. Mas dividia todos por casta e injustiças eram feitas ao povo de origem de  Nahri, os Nahid. 

Nahri e Dara fazem a viagem perigosa até Daevabad, cidade aonde os governantes viviam, fugindo dos ifrits, os tais seres demoníacos. 

Nisso o gênio e a única herdeira daquele povo, acabam se apaixonando. 


Na cidade de Bronze, Daevabad, o rei Ghassan dos Qahtani, governa com mãos de ferro o povo djinns, gênios do tipo fogo, que se dividiam em várias castas. 

A casta que governava Daevabad antes era o povo de Nahri, Nahid, mas ao ser invadida pelos Qahtani agora viviam em teórica paz. Porém a injustiça, por meio de abusos e preconceitos a casta original da cidade era motivo de revoltas violentas. 

O príncipe Ali, segundo da linha de sucessão,  tentava reverter aquilo por subterfúgios para não aplacar a ira do pai, indo contra suas ordens e acreditando que quando seu irmão, Munthadir, reinasse essa injustiça acabasse. Mas a injustiça crescia a revolta violenta no coração dos Nahid, fazendo com que o envolvimento de Ali com os rebeldes sempre fosse pouco com o qual os líderes desses grupos exigiam. 

Mas com a chegada a rainha de origem a cidade sendo trazida pelo histórico Dara, gênio, e escravo da família real de Nahid, antes de sua queda, por séculos, trouxe a plebe uma esperança de que realmente a igualdade iria se prevalecer. 

Ghassan, como forma de aplacar a chance de uma retomada de poder, decide casar seu filho herdeiro, Munthadir, com Nahri. 

Mas quem se apaixona por Nahri é Ali. Eles aproximam pela necessidade e amor pelos estudos e devoção ao povo mais humilde e injustiçado de Daevabad. 

Nahri também passa a se dedicar a cura, já que é a única de seus antepassados com esse poder. 

Dara vê como o envolvimento de Nahri e Ali que Nahri estava cada vez menos comprometida com as causas Nahid. Mas ela e Ali apenas queria igualdade entre todos. 

Dara também, no fundo, tinha era o certo ciúmes entre Ali e Nahri. E por Munthadir, que era o verdadeiro noivo, ninguém lembrava. 

E Dara também se via impróprio para a princesa herdeira, já que como gênio e escravo daquele povo, vivendo por séculos, não poderia lhe dar herdeiros. 

Nahri queria que ele assumisse esse amor para todos mesmo assim. E o casamento real, real, ninguém lembrava. 

Munthadir na verdade, vivia uma vida de prazeres e luxúria. saia com várias amantes e amantes e era apaixonado por seu guarda-costa. 

Nahri resolve dar uma basta e acertar o casamento, fazendo um acordo com o rei, dando uma boa aposentadoria, mais do que merecida para Dara. 

Mas isso é o apse para Dara se rebelar e demonstrar todo seu amor  e resolve sequestrar Nahri. Mas nessa hora, Ali é atacado por um membro dos rebeldes de Nahri, chamados Tanzeem. Ela  estava curando Ali escondido quando Dara entra no quarto e tem que sequestrar os dois. 

Nahri queria fugir com seu grande amor, Dara, também abrindo mão de tudo, mas se ela fizesse isso, ele iria ser morto na tentativa de fulga. 

Então ela decide voltar com Ali. Mas Ghassan já estava organizando uma armadilha para Nahri, se ela e Dara fugisse. 

Ele na verdade nunca acreditou em Nahri, e sempre acreditou que ela quisesse tomar o poder. 

Dara usa todos seus poderes de gênio para proteger Nahri. O exército do ataque arquitetado pelo rei mas ministrado por seu filho Munthadir, que a essa altura já entendeu que seu mundo não era um arco-iris, é contra-atacado por todo poder de gênio e Ali, para proteger o irmão acaba sendo atingido. 

Ele cai no mar.

O guarda-costa,  grande amor de Munthadir, Jamshid, acaba ferido também. 

Mas Ali ressurge do mar, como grande descendente dos gênios da água, que acreditado até em tão também dizimados. 


Ele destrói Dara. 

Nahri retorna ao reino para casar com Mundadhir.

Ali, para pagar pela traição ao seu povo, acaba exilado de Daevabad, por seu pai, e sabendo que é de origem desses tais gênios da água por parte da mãe. 

Dara tem o seu anel guardado pela colega de enfermagem de Nahri. O anel, que é tipo a lâmpada mágica de Dara, e única forma de invocar de novo a vida em algum momento. 

E um misterio, Jamshid, o guarda-costa, paixão de Mundadhir, escondido por seu pai e a colega de enfermagem de Nahri, também é um descendente dos Nahid. 




Resenha

Imagine fãfiction de Alladin, com Jasmine se apaixonando também pelo gênio. Coloque um pouquinho da série brasileira Malhação. E um pouquinho de Guerra dos Tronos no final. 

E essa mistura ficou muito boa. 

Os fortes traços da cultura indiana sendo mostrado sem chatices e incluindo em um enredo novelistico muito bom é o que chama mais atenção na história de S. A. Chakraboty. 

Nos vemos realmente vendo imagens de cenários mirabolantes e cores vividas em meio a  leituras. 

O livro é cumprido e demorado de ler. Mas realmente, não vemos nenhuma cena desnecessária. Todas servem para deixar o ambiente da história, ou mais romântico, ou mais pesado politicamente ou por violência mesmo. 
Ou para explicar de forma introdutória no enredo, a complexidade do mundo mágico. 

Os coadjuvante são, cada um, uma história a mais que queríamos nos alimentar. Mas se fosse contar todas as histórias de todos os personagens seria um livro de um bilhão de páginas. 

É um universo muito rico criado. 


O final foi surpreendentemente bom. Largar tudo, politica, dogmas mágicos gerados a eras atrás, idade, classe social, noivados e compromissos, tudo por amor, é algo que realmente faz um livro ficar bom. 
Dara demonstrar ser esse ser que faz tudo isso, paralelo a Nahri, que é do nosso universo, acostumada com pessoas do nosso mundo fazendo isso, vendo ele, um gênio medieval, que vive a base de regras e dogmas milenares, fazer isso por ela, que nunca teve alguém por si.

É uma atitude cheia de significados. E ela ainda ficar dividida pelo principezinho.

O livro realmente elevou, o entre dois amores para outro patamar.

Achei, um pouco, o contraste, do tom da história, "aventura Sessão da Tarde" com a violência faladas nas guerras que aconteciam naquele povo, muito grande. O que é gerada choques muito grandes, quando contas sobre os abusos sofridos por esse povo. Ficou meio como tacar panela quente na água fria. Chegou fazer aquele barulhinho quando chegava umas descrições tórridas das violentas guerras.

Mas o livro em si nos acompanha por toda linha nos grudando em cada detalhe. Não tinha cansaço para ver os nomes do que significava cada enfeite de cada parede, cada arma. Porque a autora nos levava a essa curiosidade. Não era cansativo parar a história e o livro para pesquisar no google o significava. 


Conclusão


Um livro que nos leva para um outro universo cheio de magia, cores e cultura, medo e caustrofobias também. Muito cheio, é a palavra certa. Mas que não cansa. Trás o louco romantismo que eu adoro. O roteiro novelistico mesmo, que nos enche de suspiros e nos prende a trama. E me deixou louco para ler o segundo livro da serie. 

Aguarde. 

Nota ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ♥️ 

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