Resumo
No filme Amigos Imaginários temos a história de Bea, uma garotinha de doze anos, que perde sua mãe para o câncer quando era mais nova e agora tem que encarar o desafio de ver seu pai fazer uma cirurgia cardíaca.
Mas conhecer uma agência de Amigos Imaginários no apartamento em cima da casa da avó, comandada por Cal, para unir Amigos Imaginários a Crianças, faz ela se distrair e não ver tanto sofrimento que lhe causa o medo de também perder seu pai.
Bea e Cal acabam não conseguindo fazer os Amigos Imaginários acharem novas crianças para serem suas companheiras então Bea decide unir seus Amigos Imaginários com os antigos donos que já são adultos.
Após o pai dela finalizar a cirurgia Bea descobre que Cal, os Amigos Imaginários e o apartamento em cima da avó na verdade nunca existiram. Era tudo um faz de conta para seu cérebro lidar com tanto medo e sofrimento.
Até que não última cena ela descobre que Cal era seu Amigo Imaginário, que por ter que crescer rápido, pela perda da mãe, teve que abandona-la.
Resenha
O filme realmente não trás um desenvolvimento de roteiro aventuresco grande para o filme. É mais um filme sobre metáforas.
Para a criança, o filme é muito lúdico, nos trazendo imagens coloridas e efeitos de animação para agrada-las na maior parte do tempo.
Para o adulto o que realmente cativou foi a mensagem metafórica da infância lutando para existir em meio as dores da vida adulta.
Suzi Crof sem dúvida foi minha Amiga Imaginaria. Me ajudou a passar por muitos momentos difícil na vida infantil e adolescência até.
A rotulação do que um garotinho tinha que gostar, falar e ser era inadequado quando você gosta de futebol, desenhos e jogos que os outros gostam, gerando bullying e tentativas frustradas de até parentes tentarem fazerem a gente ser o que não era.
Hoje eu entendo que cada criança o cérebro é trabalhado de um jeito. E tentar coloca-lo em uma caixinha não faz bem. Ainda mais tendo um irmão que era igualzinho a mim, só na aparência física.
Criança tem o direito de ser diferente.
Suzi Crof me ajudou a ver que por mais que eu era diferente e gostava de coisas diferentes, eu não estava sozinho.
Na adolescência demorei amadurecer para um mundo que exigia de mim namoro, festas e conversas que eu não estava preparado.
Suzi me ajudou a viver no mundo de faz conta adaptando para o mundo dos desenhos, livros e o faz de conta por meio de hobbys que um adulto poderia ter e escapulir desse mundo supérfluo.
E como eu trouxe minha Amiga Imaginaria para o mundo adulto?
Quando casei e tive minha primeira filhinha, minha esposa conhecendo a história de Suzi Crof quis me homenagear, colocando o nome da nossa primeira filha de Suzana.
A primeira coisa que pus na cabeça quando ela propôs isso era não adaptar minhas espectativas de que a Suzana iria ter as mesmas personalidade e gostos da Suzi que criei nas minhas histórias.
Mas mesmo deixando ela crescer com toda liberdade de que sua personalidade e seu jeitinho poderia ser ela cresceu com a personalidade muito parecida com a personagem da minha infância.
E tento trazer para os meus filhos o ensinamento que a Suzi me trouxe de crescer podendo gostar e sendo quem eles querem ser. Sem a espectativa tão frustrante de se adaptar as outras crianças.
No filme me emocionei muito com a cena final, de que o sentido dos Amigos Imaginários era ajudar a garotinha a lidar com os sentimentos de adultos. Com ela levando os Amigos Imaginários para o reencontro com os adultos. Eles se lembrando dos sonhos de crianças. E no final ela entendendo que Cal era o seu Amigo Imaginário.
Acho que é filminho super simples e com um roteirinho óbvio, mas com uma mensagem tão forte, linda e importante.
Linda para as crianças, e para os adultos.
Nota: ⭐⭐⭐⭐
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