O auto da compadecida 2


 Resumo

No filme O auto da compadecida 2 continuamos a acompanhar a  história de Chicó, tempos depois da história que se passa o primeiro filme. 

Sua esposa, Rosinha, abandonou ele para virar caminhoneira. 

E seu amigo, João Grilo, foi trabalhar no rio de Janeiro. 

Mas mau sabia João Grilo que ao retornar ia encontrar sua cidade mais pobre do que nunca, com a seca e sendo vítima mais uma vez de um coronel que controlava o fornecimento de água da região, e um radialista que usava sua fama para escravizar o povo pobre da região com prestações abusivas em seu mercado de eletrodomésticos. 

No meio dessa briga política, João Grilo entra no meio mais uma vez, para usar da tentativa de abuso do rico para dar algum benefício ao pobre. 

Ele usa a fé que os moradores da região em seu ressucitamento, que aconteceu no filme anterior, para manipular o povo a votar em quem ele indicava. Só que ele deveria escolher em que político que ele ia apoiar. 

Só que tanto um como o outro ameaçavam a vida de João Grilo ou Chico. E para se safarem tentam novamente o plano de fingir que João Grilo morreu por vitima de um cangaceiro que ia ser Chicó. 

Porém novamente o plano é estragado porque o verdadeiro cangaceiro, ou na verdade, ex-cangaceiro que virou capanga do coronel, apareceu, e matou João Grilo. 

Ele foi julgado mais uma vez por Jesus, tendo o Diabo como advogado de acusação e reivindicando a defesa de Maria. 

Ele consegue como resultado repetidamente o retorno a vida. 

Com ajuda de Rosinha que volta para a vida de Chicó, foge da cidade, deixando todos acreditarem que ele morreu pela terceira vez. 

Resenha

O segundo filme nos trás não um roteiro original, mas uma verdadeira homenagem aos fãs do filme que nos trás uma memória afetiva tão grande do cinema brasileiro. 

Pode se dizer que por essa falta de originalidade do roteiro tenha decepcionado alguns, ainda não trazendo os nomes tão marcantes da história original. Alguns desculpaveis porque a morte já levou eles. Mas alguns realmente poderiam ter participado como Denise Fraga ou Fernanda Montenegro.

O novo elenco não deixou a desejar. Acho que os novos coadjuvantes souberam ocupar seu espaço. 

Mas vi sim uma originalidade no ponto de traduzir muitas mensagens que ficaram ofuscada naquela época para uma tradução mais atual para o filme recente. 

Como a forma de o pobre se beneficiar das migalhas do rico diante da tentativa do rico de se favorecer em cima de seus abusos. Quem pode culpa-los pela alegria da festa da padroeira, mesmo sendo uma forma dos candidatos a se imporem diante do pobre? João Grilo usou de sua sabedoria para fazer a festa ser melhor usando a cobiça dos candidatos. 

Como o poder da fé, da ilusão, faz o ser humano caminhar, sobreviver, ver a eternidade espiritual? Como negar essa fé quando isso que faz o homem caminhar, acordar, ir trabalha todos os dias? Porque impor o ateísmo? 

O tom e o cenário mais teatral prejudicou também o segundo filme. 

Acho que o final do filme também poderia ser diferente, com todos unidos em um final feliz. 

Nota: 3,2 ⭐ 






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