Título: Chuva
Título original: Rain
Autor: Joe Hill
É o quarto e último conto do livro Tempo Estranho. Um livro composto por quatro contos de Joe Hill publicado pela Harper Collins em 10 de junho 2019.
A coletânea de contos nos EUA foi publicado pela editora William Morrow em 24 de outubro de 2017.
O conto vai da página 476 a 613. Ficando com 137 páginas.
Resumo
O conto narra a história de Honeysuckle que iria receber sua namorada de volta em sua casa após a viagem dela com os pais. Mas uma chuva de agulhas de cristais mata a namorada, a mãe da namorada e várias pessoas atingidas pela chuva.
Ela decide ir atras do pai da namorada mesmo com ameaças de uma nova chuva de agulhas, e as pessoas da cidade ficando sem regras por estar acontecendo uma espécie de apocalipse.
Entre os perigos estão os preconceituosos que vêem o fim do mundo como vasão para extravasar toda a violência contida por Honeysuckle ser homossexual.
Também tem uma seita louca que acredita que o mundo realmente estava chegando ao fim e queriam converter todos a seu culto por obrigação.
Fora a guerra política que estava causando a investigação do motivo real de estar chovendo agulhas de cristais mortitifiras.
Ao passar por inúmeros perigos a nossa protagonista chega a casa do pai da namorada. E o descobre morto assassinado pelo visinho preconceituoso.
Ele acreditava que o senhor Rusted ter aceitado a filha em um relacionamento com uma mulher era motivo dele ressarci-lo porque pagou a filha dele a ser babá da filha dele, podendo causar uma espécie de contaminação.
Honey arma para o vizinho, o agredi, o prende e chama a polícia, sem realmente ter esperança de ele ser preso, pois todas autoridades estavam preocupadas com o fim do mundo.
Ela retorna a sua casa e descobre que a verdadeira culpada da chuva de cristal não era governo. Era a mãe do menino que ela também cuidava como babá.
Ursula tinha raiva do governo ter demitido o marido depois de anos sendo cientista deles. E quando o marido morreu ela se vingou jogando a tempestade mortifera nas pessoas usando as pesquisas dele.
Ursula acaba morrendo ao salvar o filho na terceira remessa da chuva.
Resenha
O quarto conto do livro finaliza com uma tentativa de Joe Hill criar os livros apocalípticos igual o do pai. Acho que não tem jeito. Ele sempre vai viver sobre essa sombra.
As crônicas da caminhada de Honey para dar a notícia ao sogro que a família dele morreu, passado por uma situação apocalíptica, se tornando um conjunto de metáforas sobre homofobia, acabou ficando um pouco chato e cansativo.
As cenas mais mórbidas de sangue e as de agressão trazem a quebra dessa monotonia que acaba ficando a rotina da garota.
Acho que faltou mais história dos antagonistas para nós envolvermos mais com eles.
Mais uma vez Joe tentou trazer um choque com a falta de segurança que temos com suas personagens crianças.
E o preconceito excessivo de seus personagens por gordos, homossexuais e negros me trouxe de novo aquele deslumbre de que esses pensamentos pode ser uma válvula de escape do autor.
Já ouvi falar que tem regiões do país dos EUA que são bem agressivos com a minoria.
E já fui testemunha de varias falas bem violentas de minorias como essas que acontecem no livro. Então não posso dizer que toda essa violência não seja real.
A seita ser uma grande algoz dessa violência não é irreal também. Já testemunhei muito dessa violência ser feita por pessoas que se dizem fonte em um Deus amoroso.
Então no fim acho que Joe Hill quis trazer a metáfora dessas pequenas alfinetadas, ou chuvas de alfinetes de cristal, serem essas violências geradas na estrutura da sociedade e muitas vezes aceitavel ser fonte do fim do mundo. Uma falta de respeito do diferente do que você está acostumado a viver é as vezes tão doido como milhares de pregos infiltrando em sua carne.
É um fim do mundo. Um apocalipse.
Os vilões foram um pouco uma desculpa para finalizar história. Acharia melhor que fosse o mestre da seita. Faria mais sentido para o enredo.
Mas acho que ia parecer o Dança da Morte.
Talvez ele quis mostrar que o vilão ser alguém que estava próxima da Honey, fosse também uma metáfora para completar a outra.
Que as vezes a verdadeira responsável pelas chuvas de alfinetadas, ou seja preconceito, que mais doa possa ser quem está dentro da sua própria casa ou pessoa mais próxima.
Será que voei demais na minha análise da metáfora?
Talvez sim, talvez não.
Prefiro ver isso do que o de que autor teve uma vontade frustrada de fazer algo parecido com o do pai.
Nota: 2,2⭐


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