Série: It, Bem-vindo a Derry
Episódio: 6
Título do episódio: Em nome do pai
Roteirista: Jason Fuchs, Cord Jefferson e Brad Caleb Kan
Direção: Jamie Travis
Resumo
No sexto episódio da série It: Bem-vindo a Derry, vemos a repercussão de as crianças e os soldados terem enfrentado Pennywise nos esgotos de Derry.
Isso traz o estresse dos personagens à tona, causando intrigas entre eles. Não sabemos se é apenas algo psicológico ou se é uma influência sobrenatural causada pelo palhaço.
Lilly e Ronnie brigam mais uma vez, fazendo com que Lilly busque refúgio na moça que trabalhava no antigo hospício.
Só que descobrimos que essa mulher, que aparenta ser tão receptiva às loucuras que Lilly conta, é filha de Pennywise.
Ele aparentemente teve uma forma humana e uma família.
Mas, após desaparecer ou morrer, a filha passou a usar as menininhas do hospício como sacrifício para despertar o “pai” de sua hibernação.
Para isso, ela se disfarçava do próprio pai. E foi ela quem as crianças viram no cemitério.
Lilly consegue fugir.
Enquanto isso, as outras crianças vão buscar Ronnie, que está com o pai. Após fugir da prisão, o pai de Ronnie se refugia no acampamento dos militares negros.
O acampamento acaba se tornando uma casa de festas depois de ser melhorado por eles.
Os brancos racistas da cidade descobrem que estão escondendo Hank. Eles acham que ele foi o responsável pelas mortes das crianças no cinema. Então vão atrás dele no acampamento, justamente quando as crianças estão lá.
Resenha
O sexto episódio aprofunda ainda mais as camadas psicológicas tanto dos protagonistas quanto do próprio palhaço dançarino macabro.
Gostei muito de a temática do episódio girar em torno do amor de uma filha pelo pai — essa devoção que vemos refletida em vários personagens da série.
O próprio título do episódio deixa isso claro: Em Nome do Pai.
A primeira relação é a de Ingrid, a enfermeira, com o pai Pennywise. Agora a série precisa explicar essa transformação do Pennywise sobrenatural — um ser diabólico que vagou por séculos pelo território antes mesmo de Derry existir — para uma entidade física que pode ser pai.
Temos também Lilly, que carrega um luto eterno pelo pai, morto na máquina de selar picles, sendo despedaçado diante dela. O palhaço usa isso para assombrá-la.
Por fim, vemos a luta de Ronnie para provar que não foi o pai que matou as crianças no cinema. Seu amor chega ao máximo, fazendo-a enfrentar o próprio It.
Acho isso lindo na série. E vejo muito esse tema se repetir. Essa série seria maravilhosa mesmo sem o terror de Pennywise: a amizade das crianças, a união para se protegerem de tanto medo, a luta da mãe de Charlotte contra a segregação racial, a investigação do exército e a resistência dos povos indígenas pelas terras tomadas pelos colonos.
Era uma série que teria funcionado muito bem mesmo sem Pennywise.
E o episódio termina mostrando o terror da vida real — não o do palhaço dançarino.
O povo segregacionista indo destruir a felicidade que estava nascendo no acampamento militar, ameaçando a alegria e a inocência das crianças.
Acho que os autores querem justamente mostrar esse paralelo e comparar o terror de faz de conta com o terror verdadeiro.
Vamos ver, nos próximos episódios, qual será o desenrolar desse “verdadeiro” terror.





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