Chegando a metade do ano comecei a analisar quais os melhores livros que li na vida.
Acho que revendo meus livros por ano e julgando percebi que os livro que mais gosto são os que tiveram maior imersão pra mim, ou seja, que mergulhei na história de tal modo que não me deixavam pensar em outra coisa.
Comecei a me apaixonar pela leitura vendo minha mãe ler e ficava curioso vendo ela ler livros enormes. Ela incentivou nosso amor literário comprando a cada aniversário um livro gigante.
Mas fui virar realmente um leitor voraz quando me casei e a minha rotina de ir ao trabalho de ônibus me dava mais de duas horas diária de leitura.
Meu primeiro contato com livros favoritos foram Harry Potter, indo para Crepúsculo e depois os Cinquenta Tons de Cinza. Mas não lembro em que ano li esses livros.
Em 2013 comecei a me apaixonar pela série de George R. R. Martin a Guerra dos Tronos. O choque de como ele retratava de forma real a violência daquela época medieval que conhecíamos apenas por contos de fadas de forma lúdica foi um choque. Cenas perturbadoras que ele mostrava de forma vida em cenas que existiam em pesadelos e que George não tinha medo de colocar no papel.
Em 2014 seu livro o Festim dos Corvos foi pra mim o melhor.
Em 2015 o último livro lançado, a Dança dos Dragões foi para o podio.
E oito anos depois, ainda espero a continuação.
Em 2016 veio para mim Ken Follet. Um Guerra dos Tronos do século xx me chamou atenção pela também descarada falta de medo de tacar a violência real das épocas no papel. O horror da primeira, segunda e guerra fria mostrado no papel, porém com um diferencial. Trazendo um amor de família e gerações que me conquistou. Apesar das várias crises do mundo o amor prevalece e luta e florecia como uma flor nascida no asfalto. Fora a contribuição histórica e intelectual que o livro me trouxe. O entendimento de política e como o mundo funciona é trazido para outro nível quando a gente lê Ken Follet.
A queda de Gigantes foi meu melhor livro em 2016 e 2017 foi o último livro da série A eternidade por um fio que me encantou e me emocionou.
Em 2018 comecei a frequentar a biblioteca do Sesc e lá descobri Júlia Quinn.
A família Bridgertons me encantou com a valorização do amor e de como eles conquistarão seus amores. Já acostumado com livros de romance bem açucarados nos livros da Harlequin, vi o diferencial na vivacidade das cenas e a realidade de tocar em temas do romance que outros autores não tocam.
O sétimo livro que conta a história da sétima filha, Hyacinth, me impressionou pela sua ousadia e sua falta de preocupação com o que qualquer pessoa da corte iria pensar sobre suas atitudes loucas, destrambelhada e rompantes que a levaram aos braços de seu amado que é neto da melhor personagem da série, Lady Danbury.
Em 2019, resolvi encarar o mundo de Outlander. A viajante no tempo era um livro que me seduzia desde quando andava pela livraria Saraiva e namorava os livros sem poder comprar. Os livros são muito caros. E achei na biblioteca do Sesc.
Não me arrependi. Diana Gabaldoni se tornou minha autora favorita e me levou para o universo de Claire e Jamie de união e família que jamais pensei ver em literatura antes. Fora também o choque da realidade de cenas chocante e tristes sempre sendo vencidas por momentos de amor e união.
Em 2019 a Viajante no Tempo ficou em primeiro lugar e em 2020 Ecos do Futuro foi o livro mais marcante.
Já em 2021 quebrando a rotina de livros seriados serem os melhores Uma vida pequena me chocou e me emocionou se mostrando ser o melhor livro. O Sadismo do livro é claro. A autora, Hanya Yanagihara nos vicia em ver o personagem sofrer de todas as formas possíveis humanas e nos convencendo que a única saída para o personagem principal tinha era se matar.
Gostei tanto dos livros dela que li os outros dois dela depois e fiquei bem mais chocado que esse, por incrível que pareça.
Em 2022 depois de ler Drácula de Bran Stocker finalmente encarei ler os de Anne Rice, começando pelas Crônicas Vampirescas. Já era apaixonado pelo filme estralado por Kristen Dunst, Brad Pitt e Tom Cruise, Entrevista com o Vampiro. Mas ler o livro e entendendo a relação de Lous e Cláudia muito melhor após ter meus filhos foi um sentimento monstruoso. A vontade de viver eternamente e manter paralisado momentos felizes e muito vivo em mim e ver isso expressado no livro é fantástico. Pensei que Entrevista com o Vampiro iria ser dúvida ser o melhor livro. Mas veio a Rainha dos Condenados.
Já tinha visto o filme a muito tempo atrás e lembro-me bem que não foi algo que me agradou. A única lembrança era que era um filme chato.
Porém o livro se mostrou completamente ao contrário. Um livro completo. Com emoção, sentimento, ação e muitas cenas hots chocantes.
A rainha dos condenados foi o melhor livro de 2022.
Mas nada me preparou para a A hora das Bruxas.
A segunda série da autora Anne Rice que me levou para um universo tão imersivo que parecia uma segunda vida e não uma leitura normal.
Com um desenrolar perturbador, com cenas tão psicodélicas e loucas que jamais imaginaria ver e tudo fazendo um sentido tão firme que a gente passa a realmente acreditar que existiu mesmo as Bruxas Mayfair e o seu terrível Lasher.
Sem dúvida esse é o melhor livro da vida.
Sim, vejo que meus melhores livros são sadistas e meio perturbadoras. Mas um livro deve abalar e deve nos fazer rever o que é realmente ruim e terrível. Mas vejo que todos os livros tem algo por trás. Tem um porque de tanta coisa terrível acontecer. Acho que é isso que me conquista.
Uma explicação pra tanta coisa horrível que acontece no mundo. Essa é minha esperança que existe nos livros e que também deve existir no mundo real.
2023
A hora das Bruxas - Anne Rice
2022
A rainha dos condenados - Anne Rice
2021
Uma vida pequena
2020
Ecos do Futuro
2019
A viajante do tempo
2018
Um beijo inesquecível - Júlia Quinn
2017
Eternidade por um fio - Ken Follet
2016
A queda de gigantes - Ken Follet
2015
A dança dos Dragões - R. R. Martin
2014
O festim dos corvos
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