A convidada de Honra - Irving Wallace


O livro A convidada de honra de Irving Wallace conta a história de Noy Sang que se torna presidenta de Lampang, um país fictício, após seu marido ser morto por motivos políticos. 

Nesse país, o vice-presidente é sempre o parente mais próximo. 

Um ano após a morte do marido está pronta para sair do luto e voltar a lidar com assuntos exteriores. 

Entre um deles seria um encontro com o presidente dos EUA, reassumindo os dogmas anti-coministas da nova política pós morte do marido, pegar emprestado subsídios para lutar de forma compassiva contra o partido contrário, e fornecer para eles em troca espaço para bases aéreas do governo americano para abrir mais seu poder diante do mundo. 

Mas nesse encontro algo a mais de política acontece.

Matt Underwood, atual presidente dos EUA, se encanta pela força, coragem e principalmente beleza da mulher que estava além da mulher que assumiu tanto compromisso diante de um país com tantos problemas. Ele enxergou a mulher por trás da reunião e ela também. 

Logo em meio a reuniões políticos e falando ricamente sobre posicionamentos políticos e falando de forma tão inteligente sobre a comunismo e democracia, Noy e Matt começam a se envolver amorosamente. 

Mas a primeira dama dos EUA existia. Alice Reynolds Underwood, ex miss América, não tinha intensão de abandonar sua fachada de esposa do presidente. E para isso investiga, descobrindo que a morte de Prem Sang, ex presidente de Lampang e falecido marido de Noy foi morto, teoricamente, a mando da CIA, ou seja com autorização do presidente dos EUA. Porque Prem era mais favorável ao partido comunista de Lampang dificultando as negociações com os EUA, fazendo os conselheiros terem até uma sociedade com a temida Rússia. 

Alice sabendo do envolvimento de Matt com Noy, pela mídia, resolve chegar essa notícia, altamente secreta aos ouvidos da presidenta do pequeno país. 

Mas Matt, após receber a rejeição de Noy nas últimas visitas políticas e saber do que se trata resolve investigar. E descobre que o documento assinado autorizando a morte do presidente do país nada mais era um aconselhamento de afastamento do presidente para a entrada de Noy na política por ela estar mais aberta a democracia do que um comunista, apesar de não afastar negociações e ensinamento aos partidos mais extremistas com ideais de Karl Marx.

 E esse aconselhamento veio da CIA sem a autorização de Matt. Levado ao Samak Nakarn, político combatente férreo contra o partido comunista em Lampang, e convertido ao a associacao Americana,  ele só vê a saída matando o presidente. Mas provar é que seria difícil.

O máximo que Noy poderia fazer é se candidatar a um segundo mandato a presidência surpreendendo o mandante do assassino de seu marido, que supunha ganhar as próximas eleições, sendo o próximo presidente. 

Mas com Noy entrando na batalha política, ele não tinha chance, pois Noy representava a, pelo menos, tentativa de unir, o país entre os dois partidos tão contraditórios um do outro. 

E o que Samak faz? Sequestra o filho de Noy, troca ele por ela, e como resgate solicita a renuncia dela as eleições. 

O chefe de relações exteriores de Lampang, Marsop, único amigo e conselheiro de Noy e único ciente do sequestro pede ajuda a quem? 

O super Matt, presidente dos EUA, que vem voando socorrendo sua amada, ao lado de seu arqui-inimigo e correspondente do jornal TNTN, Hy Hasken, que expunha seus atos de traições, totalmente aceitáveis, em rede aberta, em um avião dos  contribuintes, para unirem forças e sozinhos acabarem com uma guerra civil dentro de Lampang. 

Com a inteligência do repórter investigativo, Matt consegue salvar Noy do cativeiro, prendendo os bandidos, entre eles, um general de Samak, pronto a depor contra ele, dando provas suficiente para expulsar ele do país. 

Noy e Matt decidem que não podem se casar e sim manter a relação extraconjugal, com Matt e Noy se reelegendo e se encontrando entre os compromissos políticos. 

Encontrei esse livro jogado na esquina de rua, e vi o nome do autor já conhecido por mim, por Os sete minutos e O fã Clube. Dois livros fortes, controversos e muito bons. 

Os dois últimos livros são com temas pesados e me preparei para isso. 

Mas apesar, de que, para a época que o livro foi escrito, por ser escrito nos EUA, onde o tema sobre o Comunismo ser mais difícil de poder se comentar, e o livro defender várias vezes um modo mais pacífico de conter ideias que vão contra a democracia, não achei o livro tão controverso quanto os outros dois. 

O romance exposto no livro foi quase açucarado, o que me agradou muito, apesar de ignorar completamente a parte de ser um relacionamento extra-conjulgal, ignorando totalmente a importância dos ideais e dos sentimentos envolvidos tanto de Alice quanto de Matt, mesmo se deixasse bem claro, que fosse um relacionamento de fachada, o que não vi no livro. 

Mas como temos que voar, parafraseando Glória Perez, vi muito de Vermelho, Branco e Sangue Azul no livro. O que eu gostaria que tivesse no Vermelho, Branco e Sangue Azul e o que tem nesse. 

Irving abriu meus olhos para uma visão política da época sobre o Comunismo que não tinha visto. Por coincidência também no serisdo que estou vendo, a sétima e última temporada de Riverdale também fala sobre o tema. Mas isso vai ser outra resenha. 

Mas se apegando mais durante a minha resenha, para a escrita do livro em si e não ao tema político, se não essa resenha vira um livro, achei os protagonistas cativantes. 

Sim. Perdoamos Matt. Ele é aquele tipo de homem, que seu charme, faz nos ver seu romance com Noy tem lógica e amamos. 

Noy é cativante a amável, sua força e coragem diante das adversidades que acontecem no livro e inspirador. A atriz que imaginei para o papel vou guardar segredo, mas era lindíssima, como descrevia no livro. 

A ambientação do livro era muito visível. Podíamos ver quase uma fotografia dos lugares luxuosos aonde se passava casa cena. 

O roteiro é muito bom. 

Primeiro a forma de escrever sobre política sem ser algo chato, sabendo dividir muito bem, usando o tema como plano de fundo bem estruturado, a parte romântica como o bom tempero da comida, e vindo com algumas cenas de ação, suspense e aventura, referente ao assassinato de Prem, o sequestro de Noy e o filho. 

Até podemos incluir com algo dramático e que contribuiu para a história as armações de Alice, a primeira dama. Sim, eu fiquei chateado por ter mostrado ela só como essa vilã de novela querendo vingança. Poderia ter demonstrado mais o sentimento dela, e queria ver ela participando de outros momentos do livro. A filha de Matt e Alice aceitando o relacionamento do pai com tanta fineza foi estranho, porém demonstrando que tinha algo por trás. Algo por trás, mas que o livro não mostrou. E se o livro não mostrou não existe. 

A parte hot do livro é muito boa. Alice é bastante excitante e faz em sua poucas cenas as páginas do livro pegar fogo. A química de Matt e Noy no final se entregando para o amor também foi muito e sensual. Apesar que enxerguei machismo em várias descrições. Mas é um livro antigo de homem escrevendo para homens. Então relevaremos. 

Um livro que achei na rua, que li com prazer, me fez aprender e muito, e que me distraiu. Tem seus defeitos, mas muito bom. Junto com esse achei outro do Irving. Aguardem.

Nota 4
 

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