Tress - A garota do mar esmeralda - Brandon Sanderson



 Tress é uma garota que vive em uma ilha pequena levando uma vida simples, trabalhando de lavar as janelas do filho do duque da região,Charlie. 


Logo Charlie e Tress se apaixonam e o pai de Charlie não gosta disso e o envia Charlie em uma viagem de navio para ele achar uma esposa a sua altura social. 

Mas Charlie se negando a se entregar a um casamento sem ser com Tress faz coisas que afastam as possíveis prometidas e a cada tática bem sucedida envia um copo para Tress, sinalizando que ainda eram o grande amor um do outro. 

Até que um dia os copos param de chegar. E o duque retorna a ilha com o sobrinho como herdeiro, falando que o filho foi sequestrado por uma Feiticeira, que estava fazendo o terror dos mares, que naquele universo não era feito de água. 

O oceano daquele universo era feito de uma espécie de fungo que ao contato com a água crescia rapidamente fazendo com que humanos, que tem maior parte do corpo de água, incluindo suor, saliva, lágrimas ou sangue, seja muito perigoso. 

Quando Tress percebe que ninguém ia fazer nada para resgatar Charlie, Tress decide ela mesma se enfiar em um navio e ir atrás de Charlie no reino da Feiticeira. Só que tinha um problema, na ilha aonde ela vivia era proibido sair. Só os navios mercantes  eram autorizados a entrar e sair de lá. E mesmo assim por forte fiscalização. 

Mas disfarçada de fiscal ela consegue entrar em um navio. Só que logo descobre que é um navio de vendia produtos irregular. 

Eles achando que ela era uma fiscal a prendem na prisão. E Tress encontra um rato falante.

Quando o navio é atacado por um navio maritimo, e começa a afundar nos fungos, Tress o salva e juntos andando pelo tais fungos que de hora em hora tinha uma espécie de calmaria que permitia os humanos a andarem por eles, se não tivesse contado com água, ela vai andando até o navio maritimo achando que ia ser salva. 

Só que o navio maritimo era um navio pirata.

Tress e o rato, chamado Huck, vão parar no navio da terrível pirata Crow, que afunda o navio mercantes irregular sem pensar duas vezes. Transformando a tripulação de piratas de mercadorias em tripulação de piratas assassinos, que eram bem mais procurados pela "marinha".

Tress logo ganha a confiança de toda  a tripulação por estar disfarçada de fiscal. E de todos pensarem que ela os defenderia diante da "marinha" se fossem capturados. 

Já a pirata capitã Crow, gera uma confiança em Tress por saber manipular os fungos para poderem ao endurecer, sem o contato com a água gerasse uma crosta que pudesse concertar o navio se algo o avariasse. 

Todos pensavam que essa confiança de Crow em Tress era só por causa disso. Mas é porque ela não tinha medo dos fungos. Ao contrário dos outros. 

Sendo que na verdade não era porque Tress não tinha medo, mas porque ela não tinha escolha, pela forte determinação dela em achar Charles.

E Crow queria alguém que não tivesse medo dos fungos porque ela tinha um grande misterio. 

Crow foi amaldiçoada por um dragão que vivia em uma ilha próxima a Feiticeira. Esse dragão a enfeitiçou com uma doença terrível causada por esses fungos. Ele crescia dentro dela a casa vez que alguém tentava lhe fazer mau esses fungos cresciam e a reconstruia. Sendo ao longo do tempo, mais curto se Crow não bebesse a quantidade de água nescessário, o fungo cresceria ao ponto de mata-la. 

Para acabar com a maldição, Crow teria que levar alguém que não tinha medo dos fungos para ser escrava do dragão. 

Só que sendo ajudada pelo rato Huck, Tress descobre que para chegar a esse dragão e, no caminho, para a Feiticeira, aonde Charles estaria aprisionado teriam que navegar por um oceano de fungos pior que o que na estavam. 

Um vermelho, que chovia . Ou no caso transformaria os fungos em um ser descontrolado. E que ficava o dragão. 

E depois no do preto, que tinha seres terríveis, criados pela Feiticeira. 

Crow por mais que tinha esses poderes de se reconstruir, tendo o medo dos seus tripulante, precisava da concordância deles em navegar por esses mares terríveis, porque em um motim ela não teria chance. E com eles se tornando piratas assassinos não poderiam voltar a vida antiga e se arriscarem em mares nunca desbravados precisando da proteção de Crow contra a "marinha", que os mataria se os pegassem. 

Tress faz Crow aceitar que convenceria eles a irem até o mar vermelho que ela queria, fazendo e ela faz os tripulante acreditarem que os protegeria de Crow em um motim, montando uma arma usando os fungos que ela "não tinha medo". 

A arma que Tress iria criar não iria atentar contra a vida de Crow, portanto o fungo que estava dentro dela não iria reagir, iria apenas a prende-la. 

Mas estudando os fungos que existia no mundo, baseado em livros deixados por outro pesquisador, que vivia no navio e que Tress substitui, Tress com ajuda de Huck, descobre que esses fungos tem uma espécie de consciência.

E essa consciência serviria para espionar, já que a pessoa que controlava o fungo poderia ver tudo que o ser criado pelo fungo-espião via. 

Mas em uma reunião secreta que os tripulantes do navio estavam fazendo para organizar o motim, Crow usando o fungo-espião descobre tudo. Retoma o poder e leva Tress para o dragão. 

Só que Tress manipula a reunião com o dragão, já que ele falava, e queria um escravo menos esperto e mais submisso e  pega a pirata Crow no lugar de Tress. Porém acabou que ficou bom para Crow também. Pois a cura da doença de Crow só existiria, se ela ficasse com o dragão como funcionária e não escrava. E o conforto de seus funcionários eram excelentes, com boa comida e muitos livros para ler. 

Tress retorna ao navio sendo eleita nova capitã do navio. Mas ela conta toda a verdade para os tripulantes do navio. Que não tinha nenhuma influência com a "marinha" e que precisaria ir até a Feiticeira para salvar seu amado Charles. 

Ela e o rato, vão de barco até o reino da Feiticeira. E ao chegar lá ela descobre que o rato Huck, a traíra e que na verdade estava manipulando para leva-la até lá. 

Mas ao encontrar com a Feiticeira  e em uma manipulação de conversa conseguir resgatar seu Charles e levá-lo para longe da ilha descobre que foi mais uma manipulações da Feiticeira. 

O rato na verdade era Charles. E Charles era o rato. Charles estava sempre preso em uma maldição para não contar nada quem era. Mas durante a história ele sempre dava dicas. 

Para quebrar a maldição ele teria que levar sua amada até a bruxa. Por isso muitas vezes ele tentava fazê-la desistir de tal aventura e a ajudando ao mesmo tempo. 

Porém para agora escapar da Feiticeira que ia ser difícil se seus amigos piratas não viessem a sua ajuda.

Um deles, Hoid, ou como era conhecido na outra série de livros, Os relatos da Guerra das Tempestades  ,Riso, que tendo vários mistérios a serem descobertos durante a leitura do universo criado pelo autor, descobrimos que é do mesmo mundo que a Feiticeira. 

E que ele, que tinha a personalidade de um louco, também tinha sido amaldiçoado pela Feiticeira, não podendo falar como se livrar dessa maldição e como ajudar Tress. Mas manipulando por jogos de palavras, Tress durante a viagens até a Feiticeira consegue arrancar informações importantíssimas que a ajudaram a levar até o quartel general dela. 

Mas logo quando os tripulantes do navio chegam para ajudar Tress, ele fala que venceu a aposta contra a Feiticeira e que ela deveria abandonar a ilha e ir embora. 

Provavelmente venceu a aposta de Hoid, mesmo com a maldição em si conseguisse trazer alguém que a venceria. 

Tress continua a ser capitã do navio e ajuda seus amigos com a "marinha" mas porque eles livraram o mundo da Feiticeira que fazia o terror nos mares com seus monstros feitos do tal fungo. 

E ela e Charlie, já como humano, vão viver felizes para sempre. 

Opinião

O livro escrito por Brandon Sanderson, nos trás uma história inspirada pelo romance mas que se torna uma aventura cheia de detalhes e que nos instiga a ler do começo ao fim. 

Achei que o romance do livro passou a ser um amor de lealdade entre amigos do que em si o romance entre o casal Tress e Charlie. 

Talvez se tivesse uma visão em um segundo livro, da história, por Charlie, se vendo como um rato, vendo Tress e não podendo falar quem era, iria ser mais romântico. 

Mas pelos olhos de Tress ficou sim, de como ela, como uma pessoa boa, e querendo o bem de todos, conseguia realizar tudo o que desejava e o que seus amigos sonhava. 

Sua lealdade a bondade em si é inspirador durante toda a história. E como ela consegue com sua desenvoltura fazer tudo como ela quer. 

Cenas fortes o livro não teve. Brandon quis deixar o livro leve e eu acho que por mais que seja um universo muito complexo não era difícil de compreende-lo. 

O humor irônico só narrador era muito pedagógico em muitos pontos, em um bom sentido. Seus ensinamentos, com muitas referências até ao nosso mundo e tempo, deixam a história cômica. 

Porém, acho, que Brandon Sanderson pesou na mão nessas divagações pedagogicas muitas vezes, deixando o livro bem mais recheado que deveria, com frases de impacto. Não que essas frases serão perdidas por mim. 

O encontro final com a Feiticeira achei corrido, forçado e de muito fácil solução. Acho que não deveria ter uma batalha épica, porque acho que a história não pedia isso, nem a forma que Tress, interagia com a história demonstrava que o final desenrolaria para isso. Mas, cara, foi tudo uma aposta e Tchau, foi estranho. 

Espero que tendo uma sequência, que Brandon deixou uma pista, no pós-escritos, que não seria necessariamente sobre Tress, seja de Hoid e a Feiticeira. 

A protagonista realmente é o ponto forte da história. Ela é um personagem que contradiz o dito que uma pessoa boa tem que ser boba. 
Tress é esperta e inteligente e consegue abranger todos que ela gosta nas bonança que se tem por ser inteligente. Ela consegue vencer o mau na humildade e usando apenas sua inocência e todas as cartas que recebe na mão. 

A vilã, Crow, que tenho que divulgar, imaginei como a atriz, Luiza Tomé, nos trás tanta frieza, maldade, camadas e medo, tanto da parte dela quanto dos outros, ao mesmo tempo.

 Em cada cena que eu imaginava ela, era um rio de imaginação, visualização e fotografias perfeitas. Sabia, que quando ela iria aparecer, era para abalar a história. 

E quando chega seu final junto com o dragão, eu tenho que admitir que era o castigo de vilão que queria ter. Só mais um spoiler, o Dragão tem uma biblioteca. 

Os coadjuvantes eram excelentes. Cada personagem tinha sua história e camadas que queríamos um livro de cada um. 

Eu só não simpatizei ainda com o próprio narrador. Nem nesse livro, quanto na outra serie. Quem sabe quando Hoid tiver seu proprio livro isso não mude. 

Imaginar esse universo, graças a Brandon Sanderson e o ilustrador Howard Lyon, foi uma dádiva. 

Me ver dentro de um navio cercado por esses fungos que cresciam ao menor resquício de água no início parecia claustrofóbico. Mas a beleza que Brandon descrevia as cenas é fantástica e logo faz você querer ir se aventurar naquele navio pirata, com aquela tripulação, sendo amigos também deles. 

Me fez lembrar, até de mais, de Wiked e também, é claro O mágico de Oz.

O livro é muito bom. Faz a gente sonhar. 

Nota 4,5

Para comprarem o livro clique aqui

Comentários