Como treinar o seu dragão - (2025)

 


Titulo: Como treinar o seu Dragão (2025)
Titulo Original: How to Train Your Dragon
Beseado na obra de Cressida Cowell




Direção e Roteiro: Dean DeBlois


Criador e roteirista das animações e de Robô Selvagem. 

País de Origem: EUA
Data de lançamento: 13 de junho de 2025
Genero: Ação, Aventura e Fantasia

Elenco:





Soluço -  Mason Thames - Ele fez o protagonista do filme O Telefone Preto. Que é inspirado no livro de Joe Hill. Filho do Stephen King
Astrid Nico Parker - Interpretou Sarah, primeira filha de Joe em The Last Of Us
Stoic - Gerard Butle


Resumo:

Soluço é um jovem viking que mora em um universo em que os dragões são tratados como pragas no vilarejo. A maior honra de um viking é matar um dragão — e o mais temido de todos é o misterioso Fúria da Noite, que ninguém jamais viu.


Durante seu treinamento com outros jovens do vilarejo para se tornar um matador de dragões, Soluço descobre que os dragões não são tão maus assim — apenas querem se defender. Ele percebe isso ao encontrar o próprio Fúria da Noite, que ele apelida de Banguela, ferido e preso em um precipício, sem conseguir voar por ter machucado o rabo, essencial para o equilíbrio no voo.

Ao ajudá-lo a voar novamente, Soluço e Banguela se tornam grandes amigos. Soluço passa a estudar melhor os dragões e usa esse conhecimento para se destacar nos treinamentos — mas sem machucá-los, apenas descobrindo suas fraquezas inofensivas.

Astrid, uma colega de treino, desconfia da performance de Soluço, o segue e descobre seu segredo. Ao ver a verdade com os próprios olhos, passa a apoiá-lo.

O pai de Soluço, porém, não aceita sua abordagem pacífica. Decide invadir o ninho dos dragões, que o próprio filho descobriu em um passeio, com o objetivo de destruí-los.

Lá, descobrem que a “rainha dragoa” domina os demais com punhos de ferro, obrigando-os a trazer comida para não serem devorados. É essa tirania que faz com que os dragões ataquem o vilarejo por necessidade.

Soluço e seus amigos, então, montam nos dragões treinados e vão atrás dos pais para impedir o massacre e salvar Banguela, que estava sendo usado como guia por Stoico. Com a fúria da rainha já despertada, os jovens enfrentam o perigo e provam que os dragões podem ser aliados.

Ao fim da batalha, Soluço perde uma perna, mas transforma completamente a relação dos humanos com os dragões — todos passam a ter seu próprio dragão de estimação.


Resenha

Live-action ou Copia ?


O que me levou ao cinema foi, sem dúvida, a curiosidade de ver como ficaria o live-action do filminho de animação que tanto me encantou.

Eu fui preparado para a decepção típica dos live-actions, que geralmente seguem as cenas da animação quadro a quadro. E, sendo ambos filmes digitais, achei que não haveria tanta diferença.

Mas me surpreendi com a realidade dos dragões e as cenas de voo — ficaram muito boas!

Estou tentando julgar o filme por ele mesmo, que carrega uma metáfora rica e merece ser considerado, mesmo sendo uma “cópia” em muitos aspectos.


Biodiversidade dos dragões


O que mais me chamou atenção como mensagem do filme foi o uso dos dragões como metáfora para os recursos sustentáveis da natureza.

O ser humano, por medo ou preguiça de estudar a biodiversidade já existente, prefere destruir o que existe e manter um modelo agropecuário baseado em monocultura e dominação. O filme mostra que há uma forma saudável de se relacionar com o que a natureza já oferece — e isso é simbolizado nos dragões domesticados, amigos e úteis.






Pai e filho

Também vi no filme uma mensagem poderosa sobre a relação entre pai e filho — principalmente sobre como pais podem transmitir não só amor, mas também medos, frustrações e expectativas equivocadas.

Stoico tinha uma visão tão errada dos dragões que colocou a vida do filho em risco por sede de vingança. Preferia que o filho fosse igual a todos a permitir que ele pensasse diferente. Mas a visão diferente de Soluço acabou sendo o que salvou a todos.

É um ensinamento importante: como pais, também erramos. E podemos — e devemos — aprender com nossos filhos.






Mudança de Etnia de Astrid.




Mudança de etnia da Astrid

Leonardo: Você se incomodou com a diferença da personagem Astrid no live-action?
Suzana: Eu nem lembrava como ela era na animação. Mas vendo a comparação, ela ficou bem mais bonita no live-action.
Leonardo: O que você acha das pessoas que se incomodaram por ela mudar de etnia, de loira para negra?
Suzana: Eu acho que é racismo.
Leonardo: Você achou a mocinha do filme mais parecida com você?
Suzana: Sim.
Leonardo: E como isso te fez sentir ao ver o filme?
Suzana: Me senti feliz.

A entrevista com minha filha mostra como a representatividade de uma personagem tão importante, com traços mais próximos aos dela, pode impactar positivamente. Os padrões de beleza não podem ser resumidos a loiras de olhos azuis. Há beleza em diversas características.

O medo de alguns brancos de olhos azuis de perderem espaço na mídia revela o medo de perder espaço no mundo. Mas o mundo é plural — e isso deve ser mostrado em filmes, novelas e séries.

No Brasil, 55 % da população é negra. Mas na mídia, 81 % das pessoas são brancas.
Ou seja: ainda há muito espaço para que a diversidade real da sociedade brasileira esteja presente nas telas.



Agora vamos falar um pouquinho do filme

A atuação de Mason Thames, como Soluço, foi exemplar. Tudo o que eu esperava para uma versão realista do protagonista animado.

Gerard Butler, como o pai mandão, trouxe cenas coadjuvantes incríveis. Me emocionei com ele salvando o filho no rio e protegendo Banguela. Será que chorei na animação também?

O final deixa aquela esperança de continuação. Eu não assisti às sequências da animação, mas agora espero por uma trilogia em live-action.


Nota: ⭐⭐⭐⭐⭐❤️











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