Ele junta uma tripulação e contrata os serviços de uma nave chamada Nightflyers, cujo piloto, Royd Eris, foi o único que aceitou pois ser um projeto arriscado e que nem acreditava por considerar os volcryn apenas uma lenda.
Só que, Royd Eris, apesar de estar em algum lugar na nave aparece a tripulação, apenas como holograma.
Quando um dos tripulantes, que era conhecido por ser telepata, tenta alertar eles que tem um ser perigoso na nave, e tem sua cabeça explodida, Roy conta a todos sua história.
A mãe de Roy era dona da nave e quando usando programações da nave para se isolar de toda humanidade e seres, sobrevivendo apenas dentro de um espaço criado por ela para se proteger, ela criou também um mecanismo para criar seu filho se ela morresse.
E Roy, que na verdade não passava de um clone masculino da mãe, criado também por ela, por essa programação da nave, tem que ser gerado e crescendo sozinho dentro de uma escotilha, ou espécie de útero digital, tem que sobreviver também dentro da nave em uma escotilha fechado, por não ter forma de conviver com os outros humanos a não ser por holograma.
Mas algo está matando um a um da tripulação. E esse ser é a mãe de Roy que deixou a programação de sua alma em inteligência artificial para proteger o filho.
Com o desejo de Karoly de encontrar o povo volcryn, mesmo com os desastres acometidos pela mãe de Roy na nave, a tripulação tenta sobreviver aos terríveis ataques.
No fim deixa subentendido que na verdade o povo volcryn não passava também de programação de computador.
Roy se sacrifica para salvar a única tripulante sobrevivente da nave para ela voltar a Avalon, terra deles.
Mas essa tripulante, Melantha, dá um jeito de Roy viver com sua mentalidade dentro da nave também, junto com a mãe. E juntos poderem voltar a Avalon.
Opinião
Sem dúvida ser apresentado a um mundo futurista de R.R. Martin sempre me deixa com um pé atrás.
Só por ser algo futurista e com naves me deixa com pé atrás.
Gostei muito dos primeiros seis filmes de Star Wars. O que me deixou mais seguro, me surpreendeu e me deixou com menos preconceitos contra filmes futuristas. Mas chegou os outros filmes da série que me voltou a deixar com os pés atrás.
Pois só de ver a capa desse livro me lembrou muito Star Wars e alguns filmes antigos futuristas do Arnold Schwarzenegger .
Li também o primeiro livro de George, Morte da Luz que foi muito bom.
A série feita pela Netflix não teve boa avaliação. Então fui muito com o pé atrás para ler esse livro.
Desde o início já desconfiei de Inteligência Artificial sendo a grande vilã dessa história.
Está me fascinando tanto esse tema. E ainda mais podendo lidar com uma de verdade na modernidade que estamos.
Uso bastante o site GPT para me indicar livros, séries e filmes que tenham mais a minha personalidade. Não está dando tão certo assim.
As últimas indicações tanto de série quanto de livros receberam notas baixíssimas.
Cem anos de solidão e a série Treta.
Mas quando eu vi o livro se desenrolando para uma releitura de Psicose de forma brilhante aí que vi que a George R.R. Martin tinha apelado feio.
Alguns podem ter achado meio mórbido. Mas misturar o terror com esses temas tão complexos e uma história clichê sendo transformada em diálogos tão cheios de profundidade em tão poucas páginas.
Só o cara mesmo.
Um dos temas fortes que também tem no filme Psicose é o isolamento pessoal.
As vezes o medo de convivência e a facilidade da vivência de sua própria rotina, regras e defeitos fazem com que seja mais fácil se isolar mesmo. E imaginar isso possível é algo desejável.
É o mais fácil se proteger, o controle e o autocontrole se torna mais fácil. Mas será que não abrindo mão disso não estamos abrindo mão de tantas coisas boas.
Descobertas monstruosas como Karoly queria com volcryn?
Um contraste grande entre o que Karoly queria. Dividir experiências, vivenciar coisas novas. Sendo que a mãe de Roy se projetou para não viver isso.
Qual é o melhor?
O livro é o terror explícito de R.R. Martin que ficou famoso em Guerra dos Tronos e que ele trás para as 139 páginas de forma futurista.
O sexo também aparece em cenas fortes e rápidas sem o romance.
O protagonista de Karoly não é fixo, dando espaço para os coadjuvantes também terem seus momentos. Ainda mais nas cena de morte de cada um. Cada um tem sua personalidade em muitas camadas, não ficando clichês de histórias de terror com mortes em séries assim.
Achei um pouco confusa algumas descrições de aparelhos cibernéticos que tive que usar minha imaginação para imaginar e não a descrição do autor. Mas foram apenas poucos objetos e cenários. A visibilidade da cena não se abalou demais já que o autor se apega muito mais a emoção da cena do que ao cenário.
O livro é perfeito usando um clichê. Isso é algo que devemos aplaudir em George R.R. Martin.
Nota ⭐ ⭐ ⭐ ⭐ ⭐
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